O governo deve nesta segunda retomar a questão do sub-teto único. Há reunião prevista com os servidores.

Técnicos já discutiram com o governador Laurez Moreira sobre o assunto. Persistiriam, como apurou o blog na noite de ontem, resistências em função do suposto impacto.

E elas, por óbvio, só subsistem porque o poder público (Legislativo e Executivo) vem há anos dando à situação natureza de conflito receita/despesa.

Um dilema fictício que leva também a conclusões não verdadeiras por que oriundas de premissas falsas.

No popular: "safadeza política" pura com jeitão de altruismo mal intencionado porque bem intencionado não seria, considerados forma e conteúdo.

Mas com componentes políticos: atingiriam pessoas que já tem salários elevados.  E isto pudesse legalizar (e justificar) corte por fora no crédito de salários, mantendo as despesas por dentro.

Se o subteto do salário do governador (R$ 32.518,44) é para reduzir despesas, ele não é aplicado no TJ, Defensoria, TCE, MPE até Procuradoria Geral do Estado com teto de R$ 41.845,48.

Há teses espantosamente mentirosas. Uma delas: extinguir o subteto (e criar o teto único) irá gerar despesas.

É indiscutível que o Executivo contabiliza o salário (sem a apropriação) nas despesas de pessoal.

É público nos Relatórios de Gestão Fiscal.

Mesmo assim, o Executivo aumentou as despesas obrigatórias com salários em R$ 772 milhões em um ano (ago/24-ago/25).

E já com Laurez autorizou mais R$ 80 milhões (PCCR Educação) e criação e reajuste de cargos no Legislativo e Judiciário.

E as receitas? Para 2026, a LDO prevê aumento do orçamento para R$ 19,5 bilhões. Só de receitas não carimbadas, projeta-se um aumento de R$ 1,074 bilhões.

O teto único com a devolução do que é direito dos funcionários representaria menos R$ 60 milhões anuais de receitas ao Executivo. Dinheiro que já não é dele, pois contabilmente creditado nas despesas.

Mais não bastasse, o Executivo do Tocantins é o que tem o menor teto remuneratório dentre as 27 unidades da Federação.

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