Nas eleições do próximo ano, os políticos terão R$ 5 bilhões de orçamento público para suas campanhas eleitorais.
Mais R$ 1,2 bilhão de fundo partidário para despesas administrativas do partido.
Fora o horário partidário na tv (bancado também por recursos públicos/compensação de impostos). Soma do dinheiro em espécie: R$ 6,2 bilhões.
Aponto o número que é público (TSE) para lembrar a loquaz comunicação entre o patrimônio pessoal do político eleito e a sua representação. A despeito de entendimentos rasos contrários.
E o cito, a pretexto de debate (ou a sua interdição) sobre concentração de renda/patrimônios pessoais/receitas privadas/receita pública.
Muito claro na reação à postagem sobre o prefeito e a cidade de Carmolândia.Análise, por sinal, que não dizia sobre eles, mas sobre a imagem e seu fundo.
É situação que deveria ocupar a direção regional do UB (partido da senadora Dorinha Seabra e do prefeito) e o PL (do senador Eduardo Gomes). Não pela quantidade, mas qualidade.
Se cola na chapa do UB/PL (qualitativamente) a imagem espelhada pela reação do prefeito e seus seguidores, Eduardo e Dorinha teriam aí um duto a ser estancado.
Vamos tentar desenhar: se o eleitor financia sua campanha (do político) com seu suado dinheirinho, tem-se que ele (eleitor) ficou mais pobre e o político eleito mais rico.
Naquele que se corta, não se acrescenta. E sim no acrescentado. Contrário senso, não haveria necessidade do corte no cortado para ser novamente acrescentado.Certo?
Para aquele dinheiro que sai do bolso do contribuinte (sem retorno ou rendimento), para o político, acresce-se um mandato (com salários, benesses, emendas) com pouco ou nenhum investimento pessoal.
Com possibilidade concreta de aumentar mais ainda seu patrimônio. Certo ou errado?
Números do outro lado da rua? Faço o corte temporal apenas para efeito de raciocínio. Mas poderia ser pior. Pois bem:
Em 2012 (há 13 anos) o número de pessoas em situação de pobreza no Tocantins era 39,81% da população. Ou: 550 mil. (1,383 milhão de habitantes).
Em 2025, o número de pessoas na mesma situação é 41% da população. Ou seja: 646 mil (de 1,577 milhão de pessoas).
Enquanto a população cresceu 14,02% no período, a pobreza aumentou 17,46%.
Só isto? Não!!
Em 2012 o PIB do Estado (riquezas) era de R$ 20,6 bilhões. O PIB projetado para 2025 é de R$ 70 bilhões. Um crescimento da riqueza de 240%!!!
Concluir o contrário, seria imaginar que esse exército em situação de pobreza também fizesse parte daquela orgia de lucros!!!
Ah: o prefeito de Carmolândia, com seus R$ 10 milhões de patrimônio, não gastou nenhum tostão para ganhar o emprego de R$ 15 mil mensais (quando 50% da população vive do Bolsa Família).
Sua campanha teve 75,67% dos gastos bancados pelo partido da senadora Dorinha Seabra. Ou seja, bancada pelo contribuinte.
Ele mesmo não investiu um centavo sequer do próprio bolso. Isto é uma ilegalidade? Claro que não.
Mas deve ser submetido, sim, ao escrutínio moral.
E não haveria conexão alguma!!
Um espanto!
















