De janeiro a setembro de 2025, a área de queimadas no Estado situou-se na faixa de 1 milhão e 371 mil hectares (CIGMA / SEMARH com dados do Monitor do Fogo do MapBiomas).

Isto aí equivale a 13 mil km2. Ou: metade de toda a área, por exemplo, do Estado de Sergipe (21,9 mil km2).

Se considerarmos que de janeiro a agosto de 2024 as queimadas atingiram 2 milhões e 565 mil hectares/25 mil km2 (uma área maior do que o mesmo Sergipe) houve uma redução de 46,6%. Mas continua um número aterrador.

É apenas um dos desafios do secretário de Meio Ambiente, Divaldo Rezende, na difícil tarefa de conciliar a agropecuária e a régua ambiental.

E, ainda por cima, implementar o REED+ que recebeu dos agropecuaristas carga elevada de críticas na administração do ex-secretário Marcelo Lélis.

Divaldo é um dos precursores do movimento pela comercialização de carbono sequestrado desde a década de 90.

É uma das autoridades reconhecidas do país sobre o assunto, com relações internacionais e nacionais incontestáveis.

“O REED+ é a ordem mundial, é bom para o Estado”, disse ao blog o Secretário. Para ele, a estratégia do governo teve deficiência porque apresentou-se como se os recursos já estivessem garantidos. “E não estão”.

Disse Divaldo que a preocupação do agronegócio é válida, mas não tem sentido porque eles também serão beneficiados. ”Vamos chegar a um acordo”. 

A Secretaria vai à COP 25 no próximo mês de novembro.

Um dos líderes do movimento do agro contra o REED+ era o hoje secretário de Agricultura, César Hallun.

Agronegócio que tem previsão de 16,4% de crescimento este ano. Cerca de 81,3% das queimadas foram incêndio florestal e queima não autorizada (11 mil km2).

E os mais destacados ataques ao meio ambiente vieram de regiões grandes produtoras: Lagoa da Confusão, Formoso do Araguaia, Mateiros,  Paranã e Ponte Alta.

Disto se tem que Divaldo não terá trabalho apenas técnico, mas também político, dada a determinação do governador Laurez Moreira de seguir adiante com o projeto.

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