O governador em exercício Laurez Moreira, parece, nos bastidores, refratário a dar ao bolsonarismo sua dimensão política.
Os reacionários do agro (no governo como tentaram fazer com Wanderlei) já impõem a Laurez métricas políticas camicases.
O mesmo agro que foi contra a moratória da soja, o sequestro de carbono, pressionou pelo auto-licenciamento ambiental e recusou a taxa de recuperação das rodovias que detonam com suas cargas.
Uma inflexão de Laurez à direita bolsonarista (mais inclinada que o próprio PSD) denunciaria pura burrice política.
Não chega nem a ser um erro político, tático ou estratégico, como se poderia avaliar e dar-lhe alguma sobrevida hipotética.
Com o bolsonarismo seguindo rumo à cadeia, Laurez disputaria, a prevalecer o sinal, com Dorinha Seabra/Eduardo Gomes (UB/PL) a chave da cela no próximo ano.
E deixaria soltinha a outra via: contrária ao bolsonarismo, à PEC da Bandidagem, à PEC da Anistia, aos 700 mil mortos da Covid.
Olha que não se poderia dizer nem de um abraço de afogados. Mas de uma disputa entre dois grupos por um só afogamento.
No que respeita ao contribuinte, o agro exportou de janeiro a agosto deste ano o equivalente a R$ 1,4 bilhões dos R$ 1,6 bilhões exportados pelo Estado (Comex-Vis/Ministério da Indústria, Comércio e Exportações).
Um crescimento positivo (nas exportações totais) de 79,4% em relação a igual período do ano passado. Já contabilizado o tarifaço.
E a agricultura e pecuária do Estado recolheram de ICMS aos cofres do tesouro (Secretaria da Fazenda) no mesmo período a soma de R$ 53 milhões de ICMS. Ou: 3,7% de imposto.
Só na energia elétrica, o consumidor tocantinense paga 18% de ICMS.
