A ficção eleitoral corre solta. Os senadores Eduardo Gomes e Dorinha Seabra pretendiam um grande evento eleitoral em Araguaína.
Ali, o prefeito Wagner Rodrigues – a valer as versões jornalísticas – desafiaria seu criador: Ronaldo Dimas.
PL e UB, como se sabe, andam escorrendo pelo ralo de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Tarcísio de Freitas. Valdemar Costa Neto e Antônio Rueda.
O Podemos, de Dimas, segue fora do perímetro do script da extrema direita.
As derivações dos discursos de Lula e Trump hoje na ONU sugerem uma pá de cal na última brigada do bolsonarismo.
Daqui para frente PL e UB poderão ser tratados como algo que contamina. Terão que fazer expurgos e revisões. Por pura sobrevivência. O mais e o resto são lucros.
Mas Wagner Rodrigues – como apontam – pode encostar Ronaldo Dimas na parede: ou ele (Laurez) ou eu.
No início do ano plantou-se até que poderia disputar o governo!!!
Ou seja, o UB estaria como o comunista João Saldanha na Copa de 70: entre Pelé e Dario!!!!
Os militares o derrubaram, colocaram o pragmático Zagalo e Pelé consagrou-se mais ainda. Uma questão bizarra porque não havia questão alguma.
Ah: os prefeitos saíram de Araguaína falando mal do encontro com Gomes e Dorinha. Com respingos notórios e esperados na criatura anfitriã.
Esperavam recursos. Tanto a cobrança quanto a promessa complementariam o roteiro ficcionista.
Como apontei ontem, o Executivo estadual repassou para todos os municípios nos últimos três anos R$ 6,7 bilhões (média de R$ 2,2 bilhões/ano).
E deputados federais e senadores, no mesmo período, apenas R$ 1,5 bilhões (R$ 500 milhões/ano).
Um por outro, não é difícil inferir-se a escolha.
Dimas hoje é governo. Ainda assim os prefeitos seguiriam sua criatura no passeio na floresta “enquanto seu lobo mau não vem”.
Dorinha e Eduardo deveriam tentar entabular uma aliança com o Republicanos. Mas este, tudo indica, já corre distância daquele.
E aí não tem jeito: a vovozinha e o lobo mau podem cumprir sua sina.