A nomeação no DO de ontem de Ronaldo Dimas Secretário do Planejamento de Laurez Moreira (antecipada há duas semanas pelo blog) e o intervalo entre o convite e o aceite realçam natureza e extensão da aliança do PSD com o Podemos.
E se ter as maiores lideranças dos três maiores colégios eleitorais do Estado: Palmas, Araguaína e Gurupi. Pontos cardeais eleitorais fundamentais contemplados.
No Planejamento do governo Laurez, Dimas (do Podemos) pode viabilizar-se como vice do governador na sucessão de 2026.
E projetar-se candidato ao governo em 2030 (quando Laurez não poderá ser reeleito).
Dias atrás o prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues (do UB de Dorinha Seabra) declarou apoio público a Irajá Abreu. Um comando que teve, sem dúvida, aval de Dimas que dele se aproveita.
Eduardo Siqueira (prefeito da Capital de que Dimas era Secretário Planejamento) planeja (já o disse) realizar duas gestões na prefeitura (até 2032) e candidatar-se ao governo. Em 2034.
E aí a natureza da aliança Laurez/Eduardo/Dimas: caso Laurez seja reeleito em 2026 e Dimas o suceda em 2030, Eduardo terá que contar com a renúncia do ex-prefeito de Araguaína a uma reeleição em 2034.
E porque, então, o Podemos não incluiria na chapa de Laurez no próximo ano a primeira dama, Polyana Siqueira?
Laurez reeleito em 2026, Polyana poderia assumir o governo numa eventual renúncia para disputar o Senado.
No cargo, inviabilizaria, pela legislação, uma candidatura de Eduardo.
Sobrando para Dimas, a maior liderança do Podemos, depois do próprio prefeito de Palmas.
É possível entender que com Ronaldo Dimas, agora, seria encurtado o caminho.
Disto se tem um novo grupo (com Laurez) com musculatura suficiente para os próximos anos.
Diferente do grupo de Wanderlei que se dilui na exata proporção de seus problemas na Justiça.
E para seu desassossego, pode ser derrotado, no seu “barbosismo”, pelo siqueirismo a que foi refratário, talvez por não compreender-lhe a dimensão.
Preferiu concentrar seus ativos na sua solitude política. Sem dividir popularidade. E isto é, não um equívoco, mas um grosseiro erro político.
Politicamente, apesar de eleito e ter maioria no Legislativo, não conseguiu formar um grupo que o defenda.