Os aliados de Wanderlei Barbosa fizeram circular hoje a informação do 2º lugar do governo do Tocantins no III Prêmio Qualidade de Informação Contábil. (leia aí no blog).
Obviamente como a entrega do prêmio foi ontem, a divulgação hoje seria um contraponto à publicação nesta terça, neste blog, com exclusividade, do fechamento no vermelho no segundo quadrimestre de 2025.
O debate é promissor.
Como no II Prêmio (2024) – em que o governo recebeu o mesmo 2º lugar – a premiação é relevante e, sem dúvidas, merece cumprimentos a busca de transparência, com informação pública de melhor qualidade, com o ateste da STN/Ministério da Fazenda.
O problema é o seguinte: qualidade da informação não se confunde com a qualidade do que se informa.
Pode-se informar com transparência o aumento da pobreza. Mas essa transparência não demonstra a qualidade do trabalho que se faz para reduzí-la.
A pobreza continua sendo de má qualidade.Ou melhor: de boa qualidade como pobreza.
Com efeito, não é porque o governo informa com transparência os números que estes números tivessem o mesmo significado de relevância e qualidade quanto ao fim a que se destinam.
É possível inferir, por exemplo, que a prévia da Capag tenha nota 10 na qualidade de informação, dada a transparência e não manipulação orçamentária e financeira.
Mas isto não muda o sentido dos números: o governo caiu na Capag de B para C no segundo quadrimestre de 2025.
É a execução orçamentária (premiada pelo prêmio de qualidade) que o comprova indubitavelmente.
Ou seja, o prêmio de qualidade na informação referenda, na verdade, é a justeza dos números que apontam estar o governo no vermelho.
E não representa expediente para contraditar o negativo da informação de qualidade.