O vereador Carlos Amastha (PSB) protocolou pedido de impeachment do governador afastado Wanderlei Barbosa.
O governador em exercício, Laurez Moreira (PSD) reagiu ontem publicamente sobre o pedido.
Disse que era um direito de Amastha e que não tinha nada a ver com a história. Tipo: me inclua fora dessa.
A reação de Laurez tinha endereço certo: afastar a conexão do pedido com sua posse, ainda interina, no governo.
Experiente, Laurez deve perceber que qualquer ação não calculada neste momento concorre para mais insegurança.
E, com ela, maiores entraves políticos ao exercício do cargo. Uma delas: realçar a conspiração contra o governador afastado.
Isto levaria a mais resistência num momento em que tudo que o governador em exercício necessita é de alianças políticas.
O protocolo de Amastha tem pé, rabo, cabeça e andado de oportunismo do ex-prefeito.
É a segunda fase da operação da PF e só agora o vereador (e o PSB) atinou-se para o pedido.
Um pedido que para tramitar no Legislativo depende da vontade política do presidente Amélio Cayres, aliado de Wanderlei.
Que tem a competência exclusiva de colocar ou não o pedido em pauta.
Um Legislativo que, até ontem, registrava 22 deputados favoráveis ao governador afastado.