O governador afastado Wanderlei Barbosa deslocou-se a Brasília (DF) – onde já estaria nesta manhã de quinta – para trabalhar sua defesa.
Como apurou o blog nesta quinta, Wanderlei deve acionar recurso no Supremo Tribunal Federal para retornar ao cargo de governador.
Um dos pontos a serem atacados deve certamente passar pela alteração do parecer da PGR, de contrária ao afastamento a favorável em menos de 24 horas, sem mudança nos termos (fatos acrescentados) do pedido da PF.
O vice-procurador da República, Hindemburgo Chateaubriand Filho, havia negado o afastamento de Wanderlei nestes termos:
“ indícios de que o Governador oculta a sua condição de proprietário da pousada não afasta a necessidade de que a origem ilícita dos recursos utilizados para a sua construção precisa ser melhor apurada. Seria útil, a propósito do mesmo fato, a avaliação técnica dos custos da obra e da capacidade patrimonial do Governador de suportá-los.
(...)Em resumo, as suspeitas que recaem sobre o Governador do Estado e as demais autoridades representadas são consistentes e legitimam a adoção das medidas investigativas que vêm sendo tomadas. Mas ainda não se tem um quadro probatório capaz de garantir, com o grau de certeza que se requer, a participação detalhada de cada uma delas nos crimes que se investiga, e menos ainda a presença dos pressupostos para o deferimento das medidas cautelares propostas.”
No julgamento na Corte Especial ontem da decisão monocrática de Mauro Campbel, a representante da PGR, Luiza Cristina Frischeinsen, decidiu por contrariar o parecer anterior, sem demonstrar fatos que superassem (ou atendessem) a preocupação do PGR que a antecedeu sobre a mesma decisão. Justificando, apenas, a contemporaneidade, que não havia sido questionada. Deixando de lado a insuficiência do quadro probatório apontado pelo PGR anterior.
