Os professores da rede pública estadual ameaçam paralisar suas atividades na quarta-feira.

Se o governo não os atender amanhã na reivindicação de não só mandar imediatamente o PCCR ao Legislativo, mas sua implementação financeira a partir deste mês de setembro.

De eventual recusa do poder público, acarretará, de forma mediata, a interrupção do ano letivo em 461 escolas da rede pública estadual (7,8 mil professores).

Para os estudantes do ensino médio, Enem e vestibulares comprometidos.

É daquelas propostas (apesar do legítimo direito dos professores) feitas para serem recusadas. E aí a finalidade a um ano das eleições não favoreceria a causa em si. E sim à luta política.

E por que? O governo, mesmo que tivesse financeiro (e não tem, fechou o 2º quadrimestre de 2025 no vermelho), teria problemas porque a implementação financeira em setembro careceria de orçamento.

Ademais, do R$ 1,5 bilhão previsto de salários na Educação na LOA 2025  (o orçamento total é R$ 2,5 bilhões), R$ 1,045 bilhão sairá dos cofres do Fundeb que tem um planejamento. E que não dependeria só do tesouro estadual.

O debate poderia proporcionar, no entanto, outra discussão: o déficit no desenho institucional de que ressentem governos e demais instituições para manejar de modo consistente os orçamentos e metas no Tocantins..

No exato instante em que os professores ameaçam deixar sem aulas (e calendário) 135 mil alunos (matriculados em 2025), o Tribunal de Justiça manda à China dois desembargadores e uma assessora ao custo de R$ 214 mil de diárias.(Portarias 4130/4170/17 de setembro de 2025).

O equivalente a R$ 71 mil per capita por diárias de duas semanas (na primeira quinzena de outubro) em Pequim para um curso de “conexões globais e inteligência artificial”.

E os professores querendo salários um pouco maiores do que os R$ 6 mil que recebem por 30 dias de magistério.

A carência institucional, pelos números, pode estar em outras conexões anteriores à IA.

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