Quinta-feira, 25 de Dez de 2025

Possibilidade de Vicentinho Jr disputar governo não é só expediente de pressão mas opção a ser considerada na sucessão

25/12/2025 68 visualizações

A disputa pelo governo do Estado tem um ângulo pouco observado. Uma eventual candidatura da senadora Dorinha Seabra (com eleição ao governo) na sucessão de Wanderlei Barbosa abre a possibilidade de três vagas no Senado.

As duas vagas de Eduardo Gomes (PL) e Irajá Abreu (PSD) – que encerram seus mandados de oito anos – e uma terceira a ser ocupada por um dos suplentes da senadora Dorinha Seabra.

Dorinha tem como 1ª suplente a ex-prefeita de Arapoema (2016), Professora Lu, com patrimônio declarado de R$ 27 mil (2022).

Já o 2º suplente, agropecuarista Maurício Buffon (PTB), declarou patrimônio 42 vezes maior do que o da própria Senadora: R$ 29,8 milhões. Tem-se aí, a priori, régua de prioridades na vaga.

Para as duas vagas em disputa, já se tem o próprio Eduardo e Carlos Gaguim. Eduardo tem posição mais consolidada, vai para a reeleição, foi líder de Jair Bolsonaro no Congresso e é, atualmente, vice-presidente do Senado. É um dos políticos mais influentes do país. E isto tem seu peso.

O grupo parece ser refratário a abrir vagas para Vicentinho Jr (PP) que oficializou Federação com o UB. Vicentinho já pontuou: se não se candidatar ao Senado, vai disputar o governo.

E aí entra outra problemática a requerer solucionática: em todas as eleições que disputou para deputado federal, Vicentinho teve, de igual para igual, mais votos que Dorinha Seabra.

A expressiva votação da Senadora em 2022 deveu-se, indiscutivelmente, à aprovação de Wanderlei. Em troca o UB entroou com R$ 5 milhões na campanha. Público.

Obviamente a Senadora faz um bom trabalho no Senado e certamente ganhou musculatura. Relata um dos maiores orçamentos do país, na Educação.

E isto não se consegue por acaso, eleita num dos Estados de menor eleitorado da Federação.

Adicionando à equação os desgastes circunstanciais de Wanderlei Barbosa (ainda que a máquina tenha seu peso) o posicionamento de Vicentinho pode não ser apenas expediente de pressão, mas opção a ser considerada.

E ainda tem o fator-Laurez. Isto se o PSD não formasse fileiras com o PP. Mesmo que Laurez já tivesse declarado que busca o governo.

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