Os professores da rede pública estadual prometem para hoje paralisação nas 461 escolas. Serão 145 mil alunos sem aula.
Motivo: o governo decidiu estudar o assunto. Uma reunião estaria marcada para a próxima segunda-feira.
O Sindicato da categoria deu até 30 de setembro para envio do PCCR ao Legislativo e sua implementação financeira no mesmo mês.
Laurez Moreira (o governador em exercício) tem apenas 26 dias no cargo. Uma comissão para discutir esse PCCR foi criada em junho de 2024.
O resultado apresentado em julho de 2025. E não se teve neste período greve ou ameaça de greve.
O PCCR (pelos estudos do governo) representará o acréscimo de R$ 150 milhões/ano na folha da Educação.
A dotação para pessoal ativo na Educação para o ano é de R$ 1,5 bilhão. Um impacto financeiro de 10% na folha.
Mas o deputado Junior Geo cobrou ontem respeito de Laurez aos professores. Apos três anos de Wanderlei e tantos outros de Carlesse, Marcelo, Sandoval, Siqueira...
Na aritmética dos gastos com salários, o governo gastou em um ano (RGF publicado ontem) o montante de R$ 9,172 bilhões (últimos 12 meses).
Ou: R$ 714 milhões acima dos R$ 8,458 bilhões (2ºquadrimestre/2024). Um aumento de 8,4% inferior aos 10% do incremento do PCCR na Educação.
A inflação no período (IBGE) foi de 5,13%.
As receitas, no entanto, de agosto/24 a agosto/25 cresceram apenas 7,7% nominais.
Conclusão: as receitas cresceram 2,57% reais. E os salários 3,27% reais.
Onde isto vai parar, só os sindicalistas podem dizer.
Laurez faz certo em tentar entender essa matemática receita X despesa, antes de comprometer a poupança futura do resto.
Diferente de outros governos que criam despesas sem saber de onde vão tirar a receita.
E isto não tem “nada a ver” com a justeza da reinvindicação dos mestres.
Nem com sua luta política.
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