Os deputados iniciaram ontem uma discussão pertinente. O presidente da Assembléia, Amélio Cayres, chegou à conclusão que precisa regulamentar as emendas parlamentares.

“Do jeito que estão não pode continuar”, teria dito o deputado em reunião ontem com os parlamentares na sala de reuniões.

Foi retrucado por outros deputados que entendem que a responsabilidade das emendas é dos parlamentares.

Ora, como é claro, sempre foi dos deputados a competência para a aplicação de suas emendas.

A alteração é necessária justamente porque os parlamentares não as estão aplicando dentro da lei. As operações da Polícia Federal que o digam.

Na verdade, parcela significativa de deputados (ressalvadas as exceções de praxe) utiliza os mesmos institutos para drenar as emendas. Muitos umbilicalmente ligados ao mesmos parlamentares.

No que interessa, o valor das emendas parlamentares pulou de R$ 88,6 milhões (2021) para R$ 170,4 milhões (2024). Um aumento de 108%. A inflação de 2021 a 2024 foi de apenas 25,83%.

Se os deputados empenharam R$ 76,3 milhões (2021), fecharam 2024 (contas aprovadas no TCE) empenhando R$ 167,8 milhões de emendas. Um avanço de R$ 91,5 milhões (119,9% a mais).

Passou de 0,83% da LOA para 1,26%. Um pulo de 51,8%.

E com a mesma fiscalização e regulamentos.

Deixe seu comentário:

Ponto Cartesiano

Para não variar, o governo divulgou o resultado das contas do segundo quadrimestre, sugerindo-o como produto das ações prioritárias de ajuste fiscal....

Não deve ser fácil administrar o governo do Estado. O governo publicou ontem o Relatório de Gestão Fiscal do segundo quadrimestres de 2025. Diz respe...

Os professores da rede pública estadual prometem para hoje paralisação nas 461 escolas. Serão 145 mil alunos sem aula. Motivo: o governo decidiu es...