Os deputados bolsonaristas pernoitaram na Câmara dos Deputados e trancaram a pauta de votações contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Um bloqueio com jeito de golpe legislativo.
Há parlamentares do Estado dentro da confusão com teses as mais diversas para convencer a população de que estariam a favor do estado democrático e de direito.
São argumentos até vergonhosos e que afrontam a lógica e a inteligência alheia. Ainda que colocando os interesses de uma família (Bolsonaro) acima dos interesses do país.
Como é óbvio, se estivessem defendendo a legalidade, deixariam os recursos judiciais sobre a prisão para a defesa técnica de Jair Bolsonaro no STF. Não é o primeiro ex-presidente a ser preso.
São onze ministros que podem perfeitamente, caso entendam, derrubar a prisão do “mito”. Mas como todo extremista, bloqueiam as votações na Câmara dos Deputados. Em nome da Pátria!! Um escárnio.
E chantageiam: só cumprem suas obrigações se forem votados a anistia ao mito, o impeachment de um ministro do STF e o fim das prerrogativas que levaria o julgamento de Jair Bolsonaro para a primeira instância.
Não se viu coisa igual com Michel Temer, Lula ou Fernando Collor. Lula ficou preso quase dois anos em regime fechado e não se viu movimento igual.
Saiu por decisão da própria Justiça. Não movimentou o Congresso contra o Supremo Tribunal Federal.
Enquanto isto, nesta mesma quarta entram em vigor as tarifas de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros sem qualquer manifestação do “Reaja Brasil”.
Digo:não só sem manifestação contrária, mas pior. Manifestação a favor da decisão do extremista dos EUA de favorecer prejuízos ao país como ficou claro no último domingo e é repassado nas redes sociais quase que em tempo real.
Uma tentativa de intervenção do presidente estadunidense no STF em favor de Jair Bolsonaro com potência para elevar o desemprego e aumentar os preços dos alimentos no mercado interno.
Não à toa, pesquisa Datafolha de ontem registrou que para 78% da população brasileira deputados federais e senadores trabalham em função de seus interesses e não da população.
Só na Câmara dos Deputados, os 513 parlamentares recebem de salários e benefícios R$ 1,641 bilhões anuais.
Ou: R$ 6,4 bilhões no mandato. Para 2025, tem disponíveis R$ 50,4 bilhões de emendas parlamentares. Só de emendas Pix são R$ 7,3 bilhões. Tudo saído do bolso do contribuinte.
Um país onde o salário mínimo mensal é de R$ 1 mil e 518.