O destaque na manifestação da extrema direita na Capital no final de semana foram os ausentes. E a falta de nexo causal dos discursos.
Ora a manifestação era pela anistia (Bolsonaro deve ser condenado até setembro e Eduardo Bolsonaro segue o fluxo), ora era contra o presidente Lula.
Como Lula não tem relação e não interfere nas ações da PGR e do STF, os bolsonaristas estão feito barata tonta.
Nada mais eloquente que, dos quatro congressistas bolsonaristas mais dedicados, apenas o deputado Eli Borges tenha dado o ar de sua graça.
O senador Eduardo Gomes (ex-lider do governo Jair Bolsonaro no Congresso), presidente regional do PL (partido do Jair) não pisou o pé na avenida.
Irajá Abreu e Dorinha Seabra também não. Vicentinho Junior comentou nas redes e os demais se incluiram fora disso.
O deputado Filipinho até foi, mas não subiu no palanque. Um racha ainda da carreata de Bolsonaro que o retirou do palanque de Janad no ano passado. Aquela imagem que Filipinho desejaria que os eleitores esquecessem que viram.
Os bolsonaristas (empunhando a bandeira do Brasil) reivindicam, na verdade, anistia para o mito. Os números de Lula são infinitamente melhores do que de Bolsonaro. É a economia.
Os bolsonaristas de domingo são os mesmos que empunharam a bandeira dos Estados Unidos na Câmara dos Deputados na semana passada contra o STF e o presidente da República.
E que amplificam a luta do deputado do Texas (Eduardo Bolsonaro) que conseguiu de Donald Trump (o malucão no exercício da presidência dos EUA) a taxação de 50% dos produtos brasileiros.
Uma contribuição ao preço do café e da carne e ao desemprego no país.
E ainda aguentar o deputado Eli dizer que até 7 de setembro, a população terá mais manifestações do tipo.
E por que? Porque, para ele, a responsabilidade do 8 de janeiro era de Lula pois Bolsonaro estava fora do país.
Se o parlamentar não fosse pago (custa mais de R$ 270 mil mensais/R$ 3,5 milhões/ano) pelo contribuinte (poder público) – ateus, religiosos, gnósticos e sem religião - seria só alienação de um pastor maluco.
Ademais, ver Janad Valcari (deputada do PL e ex-candidata a prefeita de Palmas) vocalizar que “brasileiros de verdade” são eles, tem lá sua graça macabra.
Brasileiros seriam, portanto, os cidadãos que defendem os EUA contra o Brasil. E que desejariam detonar as instituições brasileira.