É deveras inominável e deveria envergonhar os brasileiros de bem: o centrão (PL/PP/UB/Republicanos) – só aí 242 deputados federais de 513 parlamentares na Câmara - iniciou a pressão ontem para votação da anistia a Jair Bolsonaro dentro de duas semanas. No Senado, os partidos tem 37 parlamentares de 81 senadores.
Conta que já tem os votos de deputados e senadores para livrar o ex-presidente da cadeia por tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente começou a ser julgado ontem. Anistia antes da condenação.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) tenta liderar a sem-vergonhice dando-lhes o codinome de virtude quando expressa vício moral insanável.
Bolsonaro quis dar um golpe (transformar a democracia em regime arbitrário/ditadura) e, no juízo de suas excelências congressistas, pode sair pela porta da frente para continuar seu intento.
Irão enfrentar, além de suas consciências (ou falta delas), a maioria da população (e eleitores) que não vê dúvidas (52%) de que Jair Bolsonaro tentou um golpe (Datafolha/Quaest/agosto/2025).
E o STF: um dos prumos do relator Alexandre de Morais apontou “terrorismo” na ação orquestrada pelos generais e Jair Bolsonaro.
Apesar das tipificações penais. Cabia aos “idiotas” (como os nominou o ex-presidente) a criação do caos.
E terrorismo, pela Constituição, como também os crimes hediondos e inafiançáveis, não se enquadra em projetos de anistia.
Como se nota, deputados e senadores se propõem a criar um novo caos. Que tal anistiar todos os deputados, senadores e governadores investigados no país?
E por que não todos os criminosos do país!!! O poder público economizaria a média de R$ 2,4 mil que gasta por cada preso no país mensalmente.
O Congresso brasileiro vai gastar este ano (orçamento) R$ 15 bilhões. É um valor maior do que o previsto pelo similar norte-americano.
Os EUA é o maior PIB do planeta (US$ 28,7 trilhões). O Brasil, o 10º: US$ 2,1 trilhões.
E deputados e senadores do Centrão livrando de punição uma família que tentou implantar uma ditadura, derrubar um presidente eleito democraticamente e fazia planos de assassinar seu adversário das urnas, um vice-presidente e ministros da Suprema Corte.
Apenas.