A pesquisa Veritá (divulgada ontem) guarda recortes que cobram uma reflexão.
Primeiro, em São Paulo, a liderança de Pablo Marçal (PRTB) com 32,1%, contra 26% de Guilherme Boulos (PSOL) 18.1% do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).
A campanha de Marçal teve até hoje R$ 3 milhões de fundo eleitoral (só do PRTB) e Boulos recebeu R$ 55 milhões (PSOL/Rede/Federação PT/PDT/PCdoB).
Ricardo Nunes(PP/MDB/PL/PSD/Republicanos/Solidariedade/Podemos/Avante/PRD/Mobiliza/UB) teve de fundo R$ 36,4 milhões.
Há, pela pesquisa, uma relação inversa entre dinheiro e voto, portanto. Na verdade, só gasta mais aquele que necessita gastar mais. Só precisa de mais ativos o que tem mais passivo.
A mesma Veritá (no Relatório Palmas) aponta, na estimulada, 36,1% para Janad (PL), Eduardo Siqueira (29,7%) e Junior Geo (21,2%). Segundo turno na certa.
No financeiro, entretanto, Janad (REPUBLICANOS / PL / UNIÃO / AVANTE / MDB / PP / PRD / DC / SOLIDARIEDADE / PMB) já recebeu até hoje R$ 7,7 milhões. Contra os R$ 3 milhões de Eduardo Siqueira (AGIR / PRTB / PODE) e o R$ 1;1 milhão de Junior Geo (Federação PSDB CIDADANIA(PSDB/CIDADANIA) / Federação BRASIL DA ESPERANÇA - FE BRASIL(PT/PC do B/PV) / PSD).
Janad teria 123%a mais de fundo do que Eduardo, mas a diferença entre eles seria de apenas 6,4 pontos percentuais. A candidata do PL teria também 609% a mais de recursos do que Junior Geo (PSDB) e a apenas 14,9 pontos percentuais do candidato tucano.
Como ainda assim Janad Valcari tem uma rejeição de 33,9% (a maior dentre os candidatos na pesquisa Veritá) a soma milionária dos R$ 7,7 milhões não estaria sendo suficiente para garantir vencer no 1º turno. Estaria estacionada, pela Veritá. Óbvio que pesquisa não é voto.
Mas não deve estar sendo fácil lidar com isto. E grana não dá em árvore.
Se a situação se manter, pode abrir uma crise na campanha do PL que se movimenta no já ganhou quando os números sugerem panorama diferente.