Essas medidas judiciais sobre supostos vazamento de processos chama a atenção por vários motivos.
Um deles: as operações dizem respeito à coisa pública. Não haveria, portanto, motivo para que fossem sigilosas.
Defendo, por isto, a conduta que o ministro Alexandre de Moraes tem tido nos processos que investigam a tentativa de golpe: sem sigilo.
Reconheçamos que vazamentos prejudicam investigações. Mas as operações do vazamento estão em execução há seis anos!! Sem que o inquérito seja concluído. Inquéritos tem prazo.
Ontem, por exemplo, a GloboNews exibiu conhecimento de todo o processo vazado e não se tem informação de busca e apreensão sobre o servidor (ou advogado) que o tivesse feito.
Aliás, essa busca e apreensão de ontem diz respeito a fato negado pelos próprios ministros do STJ em declarações à Folha de São Paulo de que as operações não tivessem sido vazadas.
E o justificaram com o êxito da operação de agosto. Esta que se discute e que se aponta o vazamento.
E para fechar, a cereja do bolo: o advogado de Brasília acusado de ter acesso ao processo (e do vazamento) recebeu ontem apenas medidas restritivas.
O advogado, sobrinho do governador, o terceiro na linha de comunicação, sem acesso algum ao STJ, está preso numa Casa de Prisão Provisória de Palmas há mais de dois meses por uma bazófia.
E me diga aí: qual ministro do STJ está preso ou sofreu busca e apreensão por decisões supostamente comercializadas??