Essas medidas judiciais sobre supostos vazamento de processos chama a atenção por vários motivos.

Um deles: as operações dizem respeito à coisa pública. Não haveria, portanto, motivo para que fossem sigilosas.

Defendo, por isto, a conduta que o  ministro Alexandre de Moraes tem tido nos processos que investigam a tentativa de golpe: sem sigilo.

Reconheçamos que vazamentos prejudicam investigações. Mas as operações do vazamento estão em execução há seis anos!! Sem que o inquérito seja concluído. Inquéritos tem prazo.

Ontem, por exemplo, a GloboNews exibiu conhecimento de todo o processo vazado e não se tem informação de busca e apreensão sobre o servidor (ou advogado) que o tivesse feito.

Aliás, essa busca e apreensão de ontem diz respeito a fato negado pelos próprios ministros do STJ em declarações à Folha de São Paulo de que as operações não tivessem sido vazadas.

E o justificaram com o êxito da operação de agosto. Esta que se discute e que se aponta o vazamento.

E para fechar, a cereja do bolo: o advogado de Brasília acusado de ter acesso ao processo (e do vazamento) recebeu ontem apenas medidas restritivas.

O advogado, sobrinho do governador, o terceiro na linha de comunicação, sem acesso algum ao STJ, está preso numa Casa de Prisão Provisória de Palmas há mais de dois meses por uma bazófia.

E me diga aí: qual ministro do STJ está preso ou sofreu busca e apreensão por decisões supostamente comercializadas??

Deixe seu comentário:

Ponto Cartesiano

Os deputados aprovaram ontem (com o aval do Executivo), a Lei Orçamentária de 2026 (R$ 2,19 bilhões acima da LOA 2025). E também benefícios a cat...

Há secretários que, não raro, apontam o dedo para o blog com retórica acusatória: é contra o governo. Ou mais: é contra o fun...

Os dias não são fáceis. Ontem o sertanejo Zezé de Camargo (que fez campanha para Jair Bolsonaro) diz ter rompido com o SBT por ter chamado Lula (pr...