A Prefeitura da Capital manteve-se no 1º quadrimestre de 2025 ainda dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal. As contas foram apresentadas à Câmara esta semana. É a lei.
A voz dissonante nos 23 parlamentares foi apenas do vereador Vinicius Pires, que demonstrou preocupação com o endividamento.
O relatório publicado no portal das transparências do município não o deixa sozinho.
O desempenho publicado já deve ocupar o prefeito Eduardo Siqueira, dada a queda em relação ao terceiro quadrimestre de 2023.
O 1º quadrimestre de administrações é sempre de adequações. Mas ele implica fortemente no resultados dos últimos 12 meses.
O Executivo fechou o 1º quadrimestre de 2025 gastando mais com salários(considerados os últimos 12 meses): 51,27% da RCL.
É um índice abaixo dos 51,30% do limite prudencial. Ali raspando.
O percentual é, entretanto, maior do que os 50,72% (dos 12 meses de 2024) que entregou a prefeita Cínthia Ribeiro em dezembro.
Outro dado não irrelevante é que a receita corrente líquida apresentou redução no período: caiu de R$ 2,045 bilhões (3ºQD/24) para R$ 2,027 bilhões (1ºQD/25).
No que foi acompanhada, de modo inverso, pela dívida contratual que passou de R$ 321,9 milhões para R$ 346,6 milhões no período.
Ainda é cedo, mas circunstancialmente, os números fiscais estariam a indicar que, a exemplo dos problemas continuados no transporte coletivo, aliados de Eduardo deveriam guardar mais prudência na carga crítica à ex-prefeita.