Os réus do Núcleo 1 da ação que julga a tentativa de golpe de Estado começam a depor no STF amanhã. Jair Bolsonaro o principal deles, conforme a PGR.
Jair já está inelegível até 2030. E a previsão é que possa ser preso antes do final do ano.
Os bolsonaristas que não relincham com o cérebro já devem estar buscando brechas para pular no campo da direita.
Em qualquer democracia civilizada, a extrema direita (imantada no bolsonarismo-raiz) deveria ser repelida pela direita e não atraída.
De igual modo, a extrema esquerda é o maior mal da esquerda.
O liberalismo econômico (e o lucro) – que prospera no capitalismo – é atributo da direita.
À esquerda converge a luta de classes. É o surrado capital X força de trabalho.
E o capitalista precisa ter segurança no sistema para investir. E não no dedaço de um ditador.
Dos investimentos (capital) depende a força de trabalho (os empregos). Aquele que não tem capital (grana), tem que trabalhar a força de braços e cérebro.
Para se elegerem, políticos (inclusive do Estado) deitaram e rolaram na extrema direita bolsonarista.
Por ignorância ou apenas interesse pessoal, confundiram direita com extrema direita.
Sem escrúpulos para ir contra as vacinas e sujeitar o país a mais de 700 mil mortes.
E na defesa do fechamento do Congresso pelo mito.
Não é implausível que, com Bolsonaro preso e inelegível, passem a defender o deputado fujão, filho do mito, para presidente.
E a esposa do mito réu para vice.
Esse é o escracho político brasileiro.
Ah, LA, mas Lula roubou, foi preso e depois solto. E se elegeu.
Sim, o leitor do blog sabe que nos governos Lula, para ódio dos petistas do Estado, era um dos poucos que opinavam no Estado sobre a roubalheira petista.
Lula não foi inocentado. Deixou a cadeia porque foi julgado por um juiz parcial (Sérgio Moro), que influenciou outros juízes parciais junto com um procurador com igual desvio e serventia.
Mas não tentou fechar o Congresso nem o Supremo Tribunal Federal.
Tampouco provocou um 8 de janeiro, depois de não conseguir apoio do Exército para um golpe militar.
E o leitor que viveu nos anos do regime militar (ditadura) sabe muito bem o que é um governo arbitrário e tirano.
O dia seguinte ao golpe, não é uma manhã com flores no jardim e brisas suaves soprando nas janelas abertas.