A racionalidade política deve estar fazendo o Podemos ruminar os prejuízos da operação da PF sobre o prefeito Eduardo Siqueira esta semana.

E suas implicações na aliança com o União Brasil, de Dorinha Seabra, anunciada pelo próprio prefeito.

As supostas acusações contra Eduardo são frágeis do ponto de vista jurídico, mas ganhou apelo na imprensa que vê primeiro a pessoa e depois a coisa.

Na Justiça, pode se defender. Mas na política os danos colaterais são mais difíceis de se evitar.

O fato ganhou dimensão nacional. Eduardo não tem qualquer condenação mas pode levar passivos a Dorinha e contaminar sua campanha para governo.

Não está claro para o cidadão comum que interesse teria Eduardo em acessar um processo sigiloso do qual não fizesse parte e que pudesse causar embaraços às operações.

E que, diga-se, foram realizadas com êxito na data programada (agosto), segundo os próprios ministros do STJ.

Uma busca e apreensão quase um ano após a realização (sem embaraços)  da operação supostamente vazada obviamente não atenderia à finalidade de guardar o sigilo.

E que, como se sabe, não teria sido violado por Eduardo, que sequer tinha acesso ao processo posto, repita-se, não ser parte, não ser investigado.

E por isto, não tinha advogado constituído no processo. E são mais de 50 advogados atuando na ação.

Mas Eduardo  já deve ter percebido que vai ter muito trabalho para reaver o ativo político que pode ter-lhe sido subtraído esta semana.

 

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