É provável que a população não tenha entendido direito a dimensão da ordem de serviço assinada ontem pelo governador Wanderlei Barbosa para a construção do Hospital da Mulher.
Compreensivelmente. O Estado vem de parcerias fracassadas no setor de saúde pública há mais de 20 anos. Quem não se lembra da Oscip Brasil e Pro-Saúde. Só entravam com o serviço. O resto era por conta da "viúva"
A parceria com a Opy Health começa diferente: com a construção de um hospital. Um grupo que já tem empreendimentos semelhantes em Manaus, Belo Horizonte e São Paulo. E com êxito indiscutível.
No seu portfólio está a CCR, que administra, por exemplo, o aeroporto de Palmas,Pampulha,Confins, Goiânia, o metrô de São Paulo e Salvador e diversas rodovias federais no país dentre outros empreendimentos. Muita coisa em jogo que concorrem para o empenho da empresa no melhor serviço.
A concessão é por 30 anos. Passou por audiências públicas.
Valor do contrato: R$ 2,65 bilhões com reajuste a cada 12 meses. E uma contraprestação anual de R$ 94,6 milhões
O governo cuidará do atendimento médico (profissionais) e a empresa se responsabilizará pelo resto.
Pelo projeto, a estimativa de atendimento de partos será de aproximadamente 6.000 partos/ano. Estima se que 15% dos partos sejam de alto risco e 85% de risco habitual.
O novo hospital terá 210 leitos e também laboratório de Análises Clínicas para produção contemplando dois níveis de liberação de resultados: um imediato (até 20 minutos pós-colheita) e outro mediato (até 2 horas).
São números e pedigree que não dão margem a críticas da oposição. Daí o silêncio ensurdecedor da não reação.
E que deveria ser manifestada positivamente por seu devido valor: menos custo e maior e melhor capacidade de atendimento