O episódio da especulada movimentação de Eduardo Gomes (PL) em direção a Dorinha Seabra (UB) e Carlos Gaguim (UB) poderia ser reduzida assim:
Eduardo sendo Eduardo e Gaguim sendo Gaguim.
O primeiro prudente na vocalização de acordos e o segundo assentindo-os publicamente.
Um mais próximo da transparência política pública obrigatória (ambos bancados pelo contribuinte) e outro tergiversando sem importar-se com a rachadura. E sim com portas abrindo ou fechando.
Afinal um senador da República desmentir um deputado federal e ambos de um mesmo grupo e pretendentes a cargo na chapa majoritária não é sinal de coesão nem de aliança.
E como Dorinha (a pré-candidata ao governo) não tem perfil (entre o apetite para liderar e esperar que tudo se resolva pelos outros não fica com nenhuma das assertivas, muito pelo contrário) para arbitrar a disputa entre o que seria verdade ou mentira, o grupo se distancia do fator- Laurez Moreira.
Gaguim verbalizou o óbvio (inclusive demonstrado há mais de mês neste blog): ele, Gomes e Dorinha tinham fechado acordo na majoritária. Citou hora, local e testemunhas.
Gomes negou, ato contínuo, ter fechado apoio à pré-candidatura de Dorinha ao governo e de Gaguim ao Senado.
Ora, naquele áudio vazado há um mês, Dorinha candidamente (e sem ser perguntada) falou da aliança com Eduardo.
E desceu no on (achando-se no off) o sarrafo em Wanderlei. Mostrava-se uma senadora no privado diferente da aliada no público.
Wanderlei, por ele, não faria mais parte dos planos de Eduardo, Dorinha e Gaguim. Muito claro e expressado pela própria senadora.
Se fosse um processo judicial, estariam aí demonstradas condições objetivas e subjetivas para uma condenação da chapa à derrota.
Um balaio de gatos. Exposição indiscutível de verdade e mentira.
E ainda existe o fator-Vicentinho Jr (PP). Com vaga, a priori, garantida na chapa da Federação. Se esta for registrada no TSE.