O governo de Laurez Moreira estuda realizar um contingenciamento de gastos nos próximos dias.
Indicadores confirmados na Secretaria da Fazenda apontam que Laurez teria herdado um déficit de R$ 53 milhões.
O governo teria fechado o segundo quadrimestre com despesas acima das receitas arrecadadas no período.
Mas tem como prioridade manter a antecipação dos salários. “É compromisso do governador”, disse um secretário nesta quinta ao blog.
O governo tem até o próximo dia 30 de setembro para publicar o Relatório de Gestão Fiscal.
Mas já é problema na mesa dos técnicos do governo porque a inflexão no desempenho fiscal nos últimos meses de Wanderlei Barbosa concorre para a queda na Capag.
E para déficits orçamentário e financeiro. Daí a elaboração de estudos em curso para equalização de receitas e despesas.
Nada que não fora apontado pelo blog aos leitores desde o primeiro semestre.
Para ilustrar, o governo Wanderlei fechou o primeiro quadrimestre de 2025 com um resultado primário positivo de R$ 343 milhões.
Pode fechar o segundo semestre de 2025 (Laurez tem menos de dez dias no cargo) com esse déficit aí. Quando no segundo quadrimestre de 2024 registrara um resultado primário positivo de R$ 291 milhões.
Ou seja, o desmonte pode implicar na queda na Capag mais ainda.
O Estado tinha no ano passado A (endividamento), A (liquidez) e B (poupança corrente).
Hoje (Capag revisada em maio/2025) tem A (endividamento), B (Liquidez) e B (poupança corrente).
Muito embora tenha melhorado na poupança (passou de 88,94% para 90,15%) e no endividamento que caiu de 31,94% para 25,87%.
A liquidez caiu da letra A (36,80%) para B (4,66%). Com efeito, o governo torrou suas disponibilidades de caixa fechando 2024 com R$ 9,2 milhões negativos (nos recursos não vinculados).