Lucas Muniz Pereira, acusado de participar do asasssinato de Luciel Araújo Gomes em uma disputa de espaço entre facções criminosas rivais na cidade de Araguaína, foi condenado à pena de 30 anos e 10 meses de reclusão. A sessão do Tribunal do Júri aconteceu na terça-feira, 9.
Na ocasião, os jurados acolheram integralmente a tese de acusação apresentada pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO), referente à prática de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, mediante emboscada e com a finalidade de assegurar a execução ou vantagem de outro crime. Também somou para o aumento da pena o reconhecimento dos crimes de corrupção de menores, furto qualificado e organização criminosa.
A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça Daniel José de Oliveira Almeida, que narrou aos jurados as circunstâncias do crime, ocorrido em 25 de setembro de 2022.
Luciel, conforme narrado, era entregador de delivery e foi contratado para fazer uma entrega de drogas, o que consistiu em uma emboscada. Chegando ao local combinado, ele foi alvejado de surpresa por tiros que atingiram seu abdômen; mesmo caído, tentou fugir do local, mas recebeu uma sequência brutal de chutes e socos. Ao final, teve seu pescoço cortado com uma faca e seu corpo encoberto em uma vala.
Além disso, a motocicleta e o celular da vítima foram furtados, sendo a moto vendida na ocasião por R$ 2,5 mil.
Lucas foi responsável por atrair a vítima até o local da emboscada e participou efetivamente da execução, desferindo chutes, socos e enfiando seu rosto na terra para evitar que a mesma gritasse por socorro. Ele está preso preventivamente desde julho de 2024 e terá que cumprir a pena em regime inicialmente fechado.
O crime teve outros envolvidos: Carlos André Carvalho Moreira Júnior (que foi condenado em junho de 2024 à pena de 25 anos e 09 meses de reclusão) e Maycon Martins da Costa (que está foragido, com mandado de prisão preventiva expedido). Um adolescente também participou dos fatos.
