Após as inúmeras (e necessárias) abordagens sobre o dia internacional da mulher, faltou no Estado a comparação entre intenção e gesto dos políticos, responsáveis pela aplicação do dinheiro público.
No Estado (Anuário Brasileiro de Segurança Pública/24) registrou-se em 2023 (último dado) 2 mil e 253 casos de violência doméstica contra a mulher. É a 9ª maior taxa dentre os 27 Estados do país: 298,6/100 mil mulheres.
Os feminicídios aumentaram 28,6% no período. Foram 2.252 vítimas de violência doméstica e lesão corporal dolosa no Estado. Outras 7.537 mulheres foram ameaçadas e concedidas apenas 705 medidas protetivas.
Por outro lado, para 2025, deputados e governo aprovaram menos recursos do que o orçamento de 2024 para a Secretaria da Mulher. Foram R$ 7,8 milhões (24) e R$ 7,5 milhões (2025). Uma redução de 2,6%.
Em outra Secretaria relevante para o setor, o governo programou para 2025 na Segurança Pública um orçamento de R$ 540 milhões. É apenas 2,2% superior aos R$ 428 milhões da LOA de 2024. A inflação nos últimos 12 meses foi de 4,86%.
E que se note: no geral, o Orçamento do Estado para 2025 é 19,31% superior ao orçamento de 2024. No ano passado a LOA previa R$ 14,5 bilhões de receita. Em 2025, o governo espera realizar R$ 17,3 bilhões de receitas.
Intenção e gestos em descompasso, como se percebe.