O governador Laurez Moreira deu uma grande força à plataforma política de defesa de Wanderlei Barbosa.
Mostrou a situação calamitosa da administração, anunciou decreto de emergência mas não o editou.
E deveria: a dívida (como antecipou o blog na manhã de ontem) supera a casa de R$ 1 bilhão.
Só na saúde (93% da população do Estado depende do SUS/apenas 7% tem planos de saúde) seriam R$ 682 milhões. Mais R$ 285 milhões do plano dos servidores.
Nos hospitais de Gurupi, Palmas, Paraíso, Augustinópolis, Porto Nacional e Araguaína a situação é aterrorizante.
Pacientes alojados em cadeiras nos corredores à espera de vagas para internação e procedimento. O blog tem recebido fotos diárias da calamidade. Não de hoje.
Até deputados já ressentem do fato de não conseguirem marcar sequer consulta para as pessoas que os procuram em seus gabinetes.
Há ameaça de paralisações que, de fato, já estão em curso.
E é neste contexto que Laurez fez que foi e não foi, ao anunciar um decreto que já deveria estar preparado como resposta ao que anunciava. E não o publicou.
Fez parecer o anúncio público sem providências práticas, apenas um contraponto aos aliados de Wanderlei que anunciavam para esta terça, 4, uma decisão de retorno do governador afastado.
O vácuo emprestou força à nota do Republicanos (ato contínuo na noite de ontem) de ameaça de ação civil pública contra o decreto que não existia.
E, por gravidade, jogou dúvidas sobre os números que são, de fato, incontestáveis por públicos no portal das transparências.
Wanderlei deixou um buraco que vinha cavando há um ano enquanto perambulava pelo Estado (e fora dele) no jatinho de R$ 20 milhões.
Buscava mais ser popular do que administrador para o qual fora eleito. Deu certo. Popularidade lá em cima e um buraco de R$ 1 bilhão.
Descontrole administrativo que já vinha desde o ano passado, culminando com a queda na Capag no primeiro quadrimestre de 2025 da letra B para B+, registrando em janeiro deste ano queda na liquidez da letra A (36,80%) para B (4,66%).
No segundo quadrimestre (agosto/2025) caiu mais ainda: despencou para a letra C na Capag. Uma liquidez negativa de -3,6%.
Dado público tanto no Portal das Transparências como na Secretaria do Tesouro Nacional. Mas desconhecido (ou modificado criminosamente) pelos disseminadores de fake "bem intencionados".
Um tombo de 42 pontos percentuais em oito meses!! na poupança. Torrou em dois quadrimestres cerca de R$ 700 milhões de disponibilidades. E não se sabe onde.
Desempenho de Wanderlei. Laurez só assumiu em setembro.
Wanderlei, como se sabe, está afastado mas mantém uma intensa rede de disseminação de fakes em portais de notícias no Estado.
Um desserviço da “imprensa” e de “influenciadores a soldo” dos cofres públicos à população. E que dá bem a medida e vetor do seu cursor.
Ele próprio, Wanderlei, que editou uma meia dúzia de decretos de calamidade/emergência em três anos no governo.
Desde a contratação de leitos sem licitação (e ainda haveria 120 leitos sendo pagos sem contrato) a dutos para beneficiar produtores.
Leitos que custariam R$ 9,8 mil mensais, alugados por R$ 25 mil. Um espantoso custo/benefício.
Um desvio da legislação que dispõe sobre tais decretos, que são de competência de governadores e prefeitos.
A luta do Republicanos é legítima. Não a legitima, certamente, a negação retórica de números públicos e suas consequências na vida do cidadão.
                        
                                                                    














