Os próximos dias podem ser decisivos. Tanto do ponto de vista político quanto jurídico.

Do STF não se pode fazer prognósticos.

Mas embora das circunstâncias investigadas (e fatores delas resultantes) já se tenha diagnóstico e, quando não, indicativos de posologia.

Laurez Moreira tem encontro com bancada federal em Brasília (DF) amanhã. Leva debaixo do braço a dívida de R$ 1 bilhão que administra.

E que segundo o secretário de Planejamento, Ronaldo Dimas, disse ao blog ontem, algo próximo de R$ 620 milhões só no sistema de saúde.

Receberam meio bilhão (em setembro) de dívidas na saúde e teriam descoberto mais R$ 120 milhões em outubro de restos a pagar (despesas de exercícios anteriores).

Recursos carimbados desviados ou despesa sem receita. Outros R$ 200 milhões estão pendurados no Servir e mais R$ 200  milhões na infraestrutura.

A resistência política de deputados e setores da sociedade ao impeachment, colocada neste contexto, é indefensável.

Não se trata de condenar antecipadamente Wanderlei Barbosa (que nem mesmo é réu), mas de não condenar o Estado.

Há três pedidos de impeachment no Legislativo. Sua tramitação depende constitucionalmente do presidente Amélio Cayres.

Claudicar Amélio após dois meses de afastamento de Wanderlei Barbosa contraria sua conduta anterior com Mauro Carlesse.

Lá, com um mês de afastamento de Carlesse, em 23 de novembro de 2021 (o afastamento se deu em 20 de outubro), Amélio abriu sua residência a deputados.

Isto para que 17 parlamentares já discutissem o impeachment do ex-governador. Mais quatro parlamentares seriam – como divulgou-se à época - a favor, totalizando 21 deputados.

Laurez completa dois meses no cargo amanhã, o prazo de afastamento de Wanderlei. E, para parcela dos deputados, estaria, agora, tudo bem. Não está!! Como lá também não!!

Tanto que o pedido seria aceito pelo então presidente Antônio Andrade(PHS) duas semanas depois (7 de dezembro de 2021).

E Andrade era filiado ao PHS do governador Mauro Carlesse, como Amélio é do Republicanos, de Wanderlei.

Mas vê-se agora uma anomia da sociedade e organizações. Parecem aguardar, paralisadas,uma decisão que os deputados certamente não tomarão por suas convicções de compadrio.

E levadas por uma sensação (que não tiveram com Mauro Carlesse) de traição e injustiça contra Wanderlei que pode até não ser denunciado (é apenas investigado).

Mas o Estado não poder ficar parado aguardando a conclusão do seu processo.

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