É burra a estratégia política de resistência de Wanderlei Barbosa e seus aliados no Legislativo.

E por que? A guerra política interna pelo seu retorno não tem potência para alterar o curso do afastamento decidido por órgão superior externo do Judiciário.

Eles tem a perfeita noção disso.

A movimentação (nas redes e na Assembléia) se destinaria, assim, do ponto de vista lógico (se na lógica se baseassem) a deixar mobilizado o grupo.

Para a luta eleitoral do próximo ano onde a injustiça da Justiça seria o elemento catalizador de votos.

Mas a maioria acredita que Wanderlei é injustiçado, que o STF vai decidir hoje!!! pelo seu retorno. É o que querem que pensem.

Ocorre que a estratégia também abre a possibilidade de submissão do governador afastado a novas denúncias e outros desgastes.

O problema é que esticar a corda – e atribuir a Laurez responsabilidade por sua situação - pode fazer Wanderlei (e o grupo) perderem tempo.

E arriscarem a própria elegibilidade do governador afastado. O afastamento é, a priori, por 180 dias.

Até março de 2026, um mês antes do prazo de desincompatibilização.

Quando Wanderlei poderia libertar-se agora das amarras, ir às ruas para juntar seus correligionários e montar a sua chapa majoritária que poderia ser competitiva.

Renunciando Wanderlei agora ou em abril, Laurez assumiria o governo do mesmo jeito.

Ademais, Wanderlei só passa por essa situação em decorrência de seus próprios atos.

E quem o diz é a Polícia Federal, Ministério Público Federal, Superior Tribunal de Justiça, a Procuradoria Geral da República e dois ministros do Supremo Tribunal Federal.

E não obra do vice-governador.

Dos governadores afastados no Estado pelo STJ e TSE, nenhum foi retornado ao cargo.

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