O vice Laurez Moreira tem uma tarefa difícil nos próximos meses: mostrar-se viável para uma eventual candidatura ao governo.
É um movimento que enfrenta seus próprios conflitos e que exigiriam pormenores dos porquês de, na metade do mandato que também é seu, apresentar um novo projeto ao eleitor.
É possível que Wanderlei não tenha feito o combinado com o dono do voto. Mas a não exposição da omissão de forma compreensível e adequada dificulta a Laurez o discurso.
O vice pode ter a seu favor, na estratégia, a compreensão de prudência ao ataque político.É muito cedo para palanques.
Mas a falta de clareza das razões pode reforçar no eleitor a narrativa de traição espetada por Wanderlei no vice. E que, refutadas de público por Laurez, dariam sentido lógico à sua campanha.
Só o disse-me-disse favorece Wanderlei e não Laurez. As pessoas tem compaixão de traídos e não de traidores.