A pré-campanha que está nas ruas aponta precariedade de projetos e expansão do uso eleitoral da aridez política das redes sociais.

Pré-candidatos se ocupam de contratar influencers em cada quadra da cidade ou colégio eleitoral para falar bem de si e atacar adversários.

Vi dias atrás um candidato postando vídeos nas redes sociais com um “influencer” tipo “Caneta Azul, Azul Caneta” proclamando que vai conseguir emendas parlamentares para incentivar os artistas.

Importou bulhufas que cidadãos como aquele precisariam é de escolas e um trabalho para que produzam além de analfabetismo e desafinação.

 E, pelo menos, aprendam a língua-pátria. Sendo que em nalguns viceja, não como acessório mas principal, a semente do ódio.

É difícil remar contra a corrente que emburreceu o país? É. Mas necessário para preservar algo melhor aos nossos filhos e netos.

Dar-lhes um referencial mais civilizado, com maior conhecimento, que saiba a nossa História e a língua-pátria. A educação é que move o mundo.

Outro candidato foi às redes sociais prometer transporte coletivo gratuito na cidade. Seus seguidores (que ele confundiu com seus eleitores) não tiveram oportunidade de perguntar-lhe qual a fonte de financiamento da isenção.

Mas os likes induzem os leitores a ver neles eleitores. E a solução de financiamento. Que tal uma vaquinha nas redes para se construir uma creche? Aceita pix.

Um proclamou que vai alterar o programa federal Minha Casa, Minha Vida. Como? Os seguidores das redes sociais não o perguntaram. E, talvez, nem queiram saber. Ele também não informou.

É dessa massa crítica que pode sair o próximo prefeito, não só de Palmas, mas de todos os municípios brasileiros.

Os candidatos, assim como a maioria da população, seguem animadores virtuais, papagaiadas e estéticas tanto mais desproporcionais quanto de inimaginável apreciação racional. E esvaziam as estantes de livros.

O resultado disso é mais burrice e mais alienação. E isto implica em menor fiscalização dos gestores do dinheiro público que leva a mais desvios. E, para fechar, vira meme.

 

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