O PL, PP, Republicanos e UB - os maiores partidos do Estado - tem um problemão pela frente.
Demonstrar à população de Palmas que Janad Valcari, sua candidata, diferente do que sugere, compatibilizará seus gestos na prefeitura com as intenções altruístas dispostas até aqui na campanha.
A afronta à liberdade de imprensa e de expressão contra o DCM (e jornalistas locais) - nada novo em Janad - que ganha (de ontem para hoje) as páginas e entidades do país, é só a ponta de um iceberg maior. E aponta justamente o contrário.
A dominação do poder público por quatro partidos detentores de uma hegemonia de vereadores, deputados, senadores e governo (assentida, nos seus modos e finalidades, por setores da sociedade, Judiciário e MPE) prenuncia, certamente, o poder de Estado passível de ser dominado por um grupo político sem peias e limites. Uma deformação do Estado.
Uma hegemonia elaborada pelo domínio financeiro, em larga medida, como é sabido, esgarniçando princípios éticos e morais. Com potência para açambarcar a democracia e apropriar-se, sem resistência, da coisa pública. Democracia pressoupõe outras condutas e referenciais.
As comprovações são públicas. Não precisa mais que bater uma consulta no Diário Oficial, no Diário da Assembléia, nos vencedores de licitação, nos apostilamentos e aditivos de contratos, na liberação de emendas parlamentares e nos empenhos e pagamentos públicos.
E agora em decisões judiciais explicitamente equivocadas e que não tem licença no princípio do convencimento pessoal do juizo natural por desproporcional e carregada de irracionalidade.
Como bem posicionou-se na noite de ontem (no Consultor Jurídico) o ex-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil José Roberto Batochio:
“Esse ato de violência contra tão fundamental direito, sempre assegurado nos regimes de liberdade, qual seja, a liberdade de imprensa, mostra que o autoritarismo insiste em ameaçar nossa democracia. E o faz sob a aparência da legalidade, a partir de setores do Poder Judiciário. Até quando?”.
E por aqui MPE, jornalistas engajados, vereadores, deputados se calam. E se assim o fazem, consentem com o retrocesso. Devem ter suas razões para ver no retrocesso anacrônico, avanço de transparência nas suas relações públicas, financiadas por dinheiro público e que, no Estado, tem feito milionários sem que pregue um prego numa barra de sabão.
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