Publicado no dia em que secretários de Estado, deputados federais e estaduais e o próprio governador e vice partilhavam da divisão política dos vereadores (Associação de Câmara/Uvet/UVT) – como instrumento de aliança política – o balanço de contas do primeiro bimestre (janeiro/fevereiro/2025) do Executivo estadual (publicado na noite de ontem) não projeta dias favoráveis.
É situação capaz de alterar os humores dos 20 camaradas de Amélio Cayres (da reunião da última quarta).
E pode levar insegurança ao pagamento de emendas impositivas aos aliados, o moto-contínuo da hegemonia do Executivo sobre o Legislativo.
E que levou a maioria dos parlamentares a iniciarem campanha antecipada pelo presidente do Legislativo ao governo.
Talvez resida aí a movimentação política do Chefe do Executivo.
No período, foram realizadas pelo governo despesas totais de R$ 2,628 bilhões e uma receita bruta de R$ 2,221 bilhões.
As despesas correntes ficaram em R$ 2,516 bilhões para receitas correntes de R$ 2,112 bilhões.
Ainda que mantenha o custeio neste patamar as despesas correm atrás das receitas.
Para se ter uma idéia, para a promessa de grandes obras, o Estado investiu no bimestre apenas R$ 52 milhões. De uma previsão anual de R$ 1,6 bilhões.
Isto dá em 16% do ano a aplicação de apenas 3,25% do previsto.
Um déficit entre previsão e aplicação, em números relativos, da ordem de 12,75 pontos percentuais.
Por isto aí, deputados podem não ter obras para justificar reivindicar novos mandatos no ano eleitoral.
A fonte está secando. O Executivo, tudo indica, vai ter que fazer com as receitas acumuladas o que fez com as disponibilidades de caixa no ano passado.
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