O vereador Carlos Amastha (PSB) não deve mesmo integrar a administração do prefeito Eduardo Siqueira (Podemos).
A não confirmação do titular da Zeladoria, cinco dias após o retorno de Eduardo, indica, ao menos, dúvida do prefeito.
O prefeito deve aguardar hora e forma de exoneração em respeito ao papel de Amastha que é não só um vereador, mas ex-prefeito da cidade.
E isto em política não seria indicativo de força do vereador. Como apurou o blog, o ex-prefeito estaria definitivamente fora do governo de Eduardo Siqueira.
A indiferença do prefeito Eduardo quanto a Amastha (que antes da interinidade era ferrenho defenso da administração), por si somente, até esta segunda, seria, politicamente, razão para a entrega do cargo pelo ex-prefeito, dando grandeza ao gesto e à sua própria biografia.
A ficar desidratando na Zeladoria com os acenos de que não gozaria mais da confiança de Eduardo Siqueira. E aguardando a demissão no Diário Oficial que levaria mais desgastes ao vereador e ao prefeito.
Pesariam contra Amastha as movimentações em favor do prefeito interino, como se Eduardo não fosse mais retornar ao cargo. E que teriam sido detectadas por aliados do prefeito.
Amastha não é nenhum neófito e já deve ter percebido o cheiro de queimado. Mas estica a corda.
Como havia antecipado este blog em março, Eduardo já demonstrava desconforto com Amastha em assuntos relacionados às pastas da Zeladoria, Obras e Infraestrutura.
Um dos motivos para o primeiro pedido de demissão do ex-titular, Marcílio Ávila, que preferiu, então, deixar o empressado. Ainda que o prefeito fosse Eduardo e não Amastha.
Eduardo, então, fez valer a competência.
Na interinidade de Carlos Velozo, avaliam os siqueiristas, o caldo teria entornado de vez.