É deveras impressionante a variação de conduta dos vereadores no exercício de suas funções. Cada um tem retirada pública em média de R$ 50 mil mensais (só nos subsídios + Codap).

Na Capital, 61 mil famílias (240 mil pessoas) estão inscritas no Cadastro Unico do governo federal. Cerca de 30 mil famílias (120  mil pessoas) declaram renda de até meio salário mínimo (MDC desta quarta).

Ou seja, 40% da população ganha menos de R$ 750,00 por mês.

No mês de outubro de 2025, o município teve 17.539 famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família, com 51.954 pessoas beneficiadas.

Totalizando um investimento de R$ 12.213.983,00 e um benefício médio de R$ 698,10. Apesar do pibão de R$ 10 bilhões.

Oito dos vereadores da Capital foram reeleitos. Sete destes eram aliados de Cínthia Ribeiro (PSDB) nos últimos seis anos. Em síntese: estavam dentro da administração. Três deles no mesmo partido da prefeita.

Não a fiscalizaram e decidiram nos últimos dez meses aceitar a proposta (ou proposição) do atual prefeito Eduardo (Podemos), infere-se, de opor-se à ex-prefeita (fora do cargo) e dar ao novo” chefe do Executivo o que entregaram a Cínthia.

Como não se tem conhecimento de que Eduardo tenha submetido a deliberações do Legislativo a fiscalização da execução orçamentária de mandato pretérito, é possível entender que não tivesse sido uma proposição institucional à Câmara.

E sim uma proposta política do prefeito aos vereadores ancorada em alguma promessa e com vistas a um objeto pessoal. Diferenças nada irrelevantes quando se trata de recursos públicos e de administração da coisa que é pública.

Lógico está que fora público o interesse, estariam lá fiscalizando equívocos administrativos que apontam aqui com “delay” de quase um ano.

Período em que por si só já disponibilizou farto material que deveria ser objeto de fiscalização parlamentar. Dois erros não fazem um acerto, claro.

Um deles: a contratação (terceirização) sem licitação (cancelando o contrato anterior) por R$ 196 milhões (R$ 16,5 milhões/mês) no sistema de transporte coletivo atual é R$ 64 milhões superior aos R$ 132 milhões anuais (R$ 5,3 milhões mensais a mais) ao que custava o sistema anterior administrado pela prefeitura.

Como se pode deduzir, a contratação emergencial por km rodado ficou alguns milhões mais onerosa para o município, conferindo margem de lucro de meia centena de milhões anuais ao empresário quando a prefeitura justifica inércia com falta de recursos.

E essa diferença não se destina ao vácuo.

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