A mudança de nome da avenida Teotônio Segurado para Siqueira Campos tem levantado polêmicas.

Umas risíveis como a justaposição de custos de cartórios!!! Palmas (a cidade inteira) já trocou de endereços três vezes.

Mas que devem retornar às coisas mesmas neste domingo de aniversário de criação do Estado.

No núcleo, é possível distinguir, estaria, pela perspectiva histórica, a percepção daquele que seria a figura sobre o fundo.

Se Siqueira ou Teotônio formaria com JK as duas linhas transversais que, não só espelham, mas determinam outras paralelas no sentido de uma cidade orientada a partir do cruzamento de duas retas: a cruz.

E isto não foi por acaso. Siqueira sempre seguiu a cruz. Nosso Senhor do Bonfim, Divino Espírito Santo, Santa Rita de Cássia...Foi dele o movimento para a criação de uma Arquidiocese em Palmas (Católica).

Um pelo outro, Siqueira (fundamental na criação do Estado) fez mais por merecer dar nome a uma das principais artérias da Capital que ele mesmo projetou e implantou.

O leitor do blog sabe como vejo a história de Teotônio.

Se está diante de uma escolha histórica: como gerações futuras denominarão a principal avenida da cidade e que história será perpetuada.

Poder-se-ia raciocinar, estivessem os dois presentes, fosse uma disputa criador/criatura.

Com efeito, em larga medida Teotônio foi ressuscitado na história por Siqueira. Nas escolas do ex-Norte goiano Teotônio Segurado era uma grande figura ausente. Muitos foram conhecê-lo apresentados por Siqueira.

Obviamente que não interessava à Secretaria de Educação de Goiás criar heróis regionais. Mas a juventude do Norte era engajada politicamente. E Segurado nunca chamou-lhes a atenção.

O jornalista e memorialista Otávio Barros (um pesquisador) não tinha dúvidas: Teotônio era um comerciante interessado em comercializar seus produtos com a coroa portuguesa. Só isso.

 E aproveitava-se do cargo. Sua luta era comercial e não ideológica. Daí sua disputa com os coronéis goianos.

A Câmara de Palmas agiu correto ao aprovar a mudança da Teotônio para Siqueira Campos. Uma alteração que não era nem nova.

Fora aprovada também na administração de Raul Filho e que Siqueira agradeceu mas não poderia concordar por causa da legislação.

Mas lá deixou um recado para o filho Eduardo Siqueira: quando não estivesse mais aqui, ele aceitaria a mudança.

Coube a Eduardo Siqueira, no cargo de prefeito, fazê-lo agora.

Eduardo que disse ontem ao blog que irá propor a deputados e ao governo que o Palácio Araguaia volte a ser Palacio Araguaia. 

E a ponte Siqueira Campos receba o nome do ex-governador Moisés Avelino.

Em carta aberta à população e ao governo e deputados. Um gesto de bom senso.

E Siqueira seguirá em paz pela maior avenida (26 km) de cidade do país. Com Teotônio dando nome ao Paço Municipal, como de fato já o denomina.

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