A engrenagem política tem valores não raro intangíveis.

Ainda que não se possa estabelecer vínculo direto, Wanderlei saiu do STF desgastado e com uma dívida política com o senador Eduardo Gomes.

Eduardo sempre quis governar o Estado. E é uma liderança nacional inconteste.

A retórica, discurso e articulação política que faltam à senadora Dorinha Seabra, Gomes tem de sobra.

Isto considerado, Eduardo ganhou impulso para ele próprio disputar o governo. E não depender do UB na majoritária.

Mas tem uma questão não irrelevante: o PL elegeu no ano passado apenas dois prefeitos: Miranorte e Tocantinópolis (20 mil eleitores somados).

E o Republicanos (de Wanderlei) saiu das urnas com 56 prefeitos (40%), num Estado de 1,1 milhão de eleitores.

Ou seja: para viabilizar um projeto com Wanderlei, Gomes teria que convencer Dorinha Seabra a entregar duas vagas na chapa: a de governador (para ele próprio) e outra de Senado (para o aliado).

Um canto de carroceria no deputado federal Carlos Gaguim, espirrado no jogo de colocar "a gata pra parir"

E depender ainda de Wanderlei convencer os líderes republicanos (três deputados federais, sete estaduais e os 56 prefeitos) a entregarem o protagonismo político do partido a adversários que derrotou há quatro anos.

Sendo que o Republicanos pode ter seu próprio candidato no Estado tendo um candidato a presidente, Tarcísio de Freitas (SP).

Eduardo Gomes, entretanto, já enfrentou obstáculos maiores.

Deixe seu comentário:

Destaque

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22). Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva em...

Não há, por enquanto, uma movimentação sequer do governo, deputados, MPE e Judiciário. Mas deveriam estar atentos a esta questão do BRB...

O Executivo tem problemas para convencer os servidores que buscam o teto único. Uma reunião estava prevista para esta tarde. O horário era às...