O governo publicou ontem a exoneração, a pedido, do secretário da Agricultura, César Hallun.
Apesar das informações de saúde colhidas pelo blog junto a secretários próximos de Laurez, dissemina-se (sem contestação de Hallun) a tese de descontentamento aos dois “éles” de Lula e Laurez.
É fato que César Hallun é bolsonarista. É do Novo. O partido quer disputar a presidência (Romeu Zema).
Mas a tese tem lá suas fragilidades.
O PSD, de Laurez, tem três ministérios no governo Lula. É governo, portanto.
O PP, UB e Republicanos, também do campo bolsonarista, tem um ministro cada.
Mas não querem ser governo, brigam pelo presidiário Jair Bolsonaro (e atacam o governo Lula do qual fazem parte) mas não entregam o que tem no governo Lula.
Uma boçalidade para não dizer obscenidade política.
A proximidade de Gilberto Kassab (presidente do PSD), do senador Irajá Abreu (PSD) e a ex-senadora Kátia Abreu com Lula é indiscutível.
São ingredientes que fariam Hallun pensar no assunto antes de aceitar o cargo de secretário. E não depois.
Ainda mais, tendo o Novo um pré-candidato colocado ao governo: o ex-senador Ataídes Oliveira.
E o partido de Jair Bolsonaro, o PL, já ter chapa formada com UB, com a senadora Dorinha Seabra disputando o governo.
Assim como o PL (ex-PR) – bolsonarista - que fez falta a Hallun (então no PRB) nas eleições ao Senado em 2018 (na eleição do mito), quando o então prefeito (e hoje secretário) Ronaldo Dimas o preteriu por Irajá Abreu (já no PSD).
Apesar da Via Lago (Araguaína) que era a bala de prata de Hallun para conquistar a vaga de Senador. Terminou recebendo 14,45 % dos votos contra os 16,82% de Irajá Abreu.
Com isto tudo, Hallun teria descoberto, agora, que seria bolsonarista-raiz.
Averso a Lula a tal ponto para afastar-se de Laurez. E fazê-lo a quatro meses do prazo para desincompatibilização. E após dois meses de empossado no cargo.
Mas teria uma bandeira demonstrada: sou bolsonarista.
E isto pudesse dar-lhe, como é óbvio, um papel de oportunista por aceitar um cargo no governo apenas para deixá-lo por saber antecipadamente campo e território.















