Esse pessoal não é brincadeira não. Da Operação da PF pula-se para disputa territorial entre Tocantins e Goiás.
Portais divulgam, sem qualquer cerimônia, que chácara de Wanderlei (observada pela PF em busca e apreensão) estaria na divisa.
E como Goiás teria provocado o STF pela área, a sugestão implícita seria que o governador afastado tivesse avançado 12,9 mil hectares em Cavalcante (GO) em favor de sua propriedade.
Outro escândalo de Wanderlei!!!!! O todo pela parte, a parte pelo todo.
Seria a única conexão plausível entre a Operação da PF, a chácara e a divisa.
Imagina. A chácara fica a 40 km de Cavalcante (GO) e a 100 km de Paranã (TO).
Parte da imprensa aproveita a conexão inexistente entre chácara, operação e divisa, para compartilhar do interesse goiano no que desinforma, imaginando informar.
Não são os Kalunga tão somente o objeto da defesa da divisa. Nem a apuração de supostos crimes com aquisição da chácara.
A busca e apreensão no local tinha objeto definido. A irregularidade da chácara (e da sua aquisição) não é, até aqui, prioridade de investigação. Que dirá de sua localização!!!
Mas interesse econômico na região de diversidade de atrações turísticas.
E aí, o “jornalismo” do Estado, a pretexto de defendê-lo, estaria enfileirado no exército do prefeito de Cavalcante e do governo de Goiás.
As divisas foram aprovadas em lei no ano de 1.976 (acessível no Google com um simples clique) quando o governador de Goiás era Irapuan da Costa Junior e demarcou os municípios goianos.
Todos!!! Inclusive do Tocantins, porque este não existia ainda, era tão somente o Norte de Goiás. Divisão demarcada pelo Exército.
O mesmo que certificou a divisão de Goiás/Tocantins na criação do Estado, estabelecendo que a divisa seria a dos municípios. Aquela feita por Goiás.
Caso contrário, se fosse estabelecida uma régua linear no Paralelo 13, ter-se-ia que cortar municípios.
No popular: é Goiás que quer avançar sobre a área do Tocantins. E a imprensa do Tocantins sugere que Wanderlei, a bem próprio, avançou sobre uma divisa demarcada há meio século.
Dando à operação da PF um sentido que a própria PF sequer ventilou.















