Leio que o governo não fará programação no 5 de outubro por restrições orçamentárias e financeiras.
Uma decisão pragmática. Diferente da comunicação do governo ontem de que tudo iria bem e que seria produto da ação de Laurez.
Nem uma coisa, nem outra. A situação vai mal e não é proveniente de Laurez.
O secretário da Fazenda, Jairo Mariano, mostrou-se hoje ao blog preocupado com a situação fiscal.
Caros, o governo vai mal. Insolvente. Capag C. O dado positivo do RGF é a redução do comprometimento Receitas/Despesas de pessoal.
E por que? Como apontou este blog ontem, o superávit das receitas foi acompanhado do aumento dos gastos com salários no quadrimestre.
Agora, o Executivo terá que cortar gastos para fechar o ano pelo menos no azul.
E onde ele o fará: no custeio (cafezinho, diárias, combustível, energia...),
Isto porque nos salários (despesas contínuas de caráter continuado) não pode mexer.
Como apurou o blog nesta quinta, o governo espera reduzir o custeio de 32% (hoje em 31,9%) para abaixo de 20% das despesas correntes. Um corte de R$ 1,5 bilhão.
De janeiro a agosto, o governo teve despesas correntes de R$ 11,9 bilhões. Destes, R$ 7,1 bilhões com salários. Metade disso, R$ 3,8 bilhões, com custeio (outras despesas correntes).
As Secretarias ainda não mandaram os estudos/relatórios para o Palácio avaliar. Daí ainda a não publicação do decreto de contingenciamento.