Enquanto os aliados de Wanderlei Barbosa vomitam fake-news para defender o governador afastado, a estupidez ganha espaço na falta da verdade.

O jornalismo global-paroquial do Estado anotou ontem como escândalo um falso silogismo. Na lógica, uma falácia inválida. No popular, um argumento enganoso.

TV Anhanguera/Globo/G1 Tocantins/Jornal do Tocantins apresentaram ontem as seguintes proposições cuja finalidade era estabelecer, nas atuais circunstâncias (afastamento de governador), um raciocínio dedutivo. Desfavorável ao governador afastado, claro.

Só que pelo inverso: partiu do particular para o geral. Contrariando os princípios aristotélicos.

Para os matemáticos do jornalismo “global” Wanderlei teria se deslocado nas 9 viagens internacionais em 3 anos e meio, o equivalente a 3,7 voltas no planeta!!! Bomba!!!!

O escândalo sugere que a quilometragem incluiria a primeira dama em oito das viagens. E as redes ecoaram: vai dar Jornal Nacional. Bingo!!!

Mas deixemos de lado a contabilidade se somaram, nos bilhetes e quilometragem, os deslocamentos do casal junto ou separado.

E tomemos apenas pelos números apontados: 148 mil km viajados e os 40,075 mil km da circunferência da terra. Em três anos e meio.

Ou, estatisticamente, um pouco mais de duas viagens ao ano. Isto para um governador de Estado com potencial de investimento (turismo, agro, ferrovia, hidrovia,rodovia,carbono) e com financiamentos no Banco Mundial e BID é, na verdade, muito pouco.

Mas vá la, pode ter aquele que acha que governador tem que ficar sentado na cadeira esperando a fortuna cair-lhe no colo.

A ninguém é dado descrer, afinal, que um dia qualquer, shazam!! a fortuna apareça-lhe na sua frente, do nada, assim.

A estupidez, entretanto, impressiona. Combinada com outras maledicências, é um perigo.

Se o cidadão que mora em Palmas quiser ir ao Japão, por exemplo, ele percorrerá de avião (Palmas/São Paulo/Tóquio) 20 mil km em linha reta. Ida e volta, portanto, 40 mil km. Uma volta em redor da terra.

Cito Tóquio porque foi caminho de roça de muitos ex-governadores do Estado. Em tempos até piores.

O raciocínio dedutivo “globalista” poderia assim tascar: viajou o equivalente a uma volta na terra!!! Isto um passageiro só, numa viagem apenas, é um escândalo pago com recursos públicos.

 Entenderam? Se o governador tivesse viajado hipoteticamente com a primeira dama a Tóquio uma vez somente (80 mil km os dois) já se teria duas voltas no planeta!!!

Se levasse um ajudante de ordens (ou tradutor) 120 mil km numa viagem apenas. Ou: três voltas em torno da terra. Um escândalo!!!!global!!!

No governo Wanderlei o número de viagens (de todo o governo) foi,sim, questionado. Mais pela condição técnica dos viajantes do que por quilometragem. 

Mas aquilo não dá número nem manchetes. Mesmo que induzidas por proposições falsas como as de ontem.

Esse pessoal não tem jeito.

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