Cinco governadores bolsonaristas decidiram palanquear nesta quinta sobre os 121 cadáveres (até esta madrugada) empilhados pela polícia do Rio de Janeiro.
Não se sabe ainda quem é o bandido e qual é o cidadão. IML pediu prazo até sábado para identificação.
Mas haveria poucas dúvidas sobre responsabilidades objetiva e subjetiva na ação cujas imagens ganharam o mundo por sua natureza.
A tese dos "salvadores da pátria" (ao modo da Covid-19 e da tentativa de golpe de Estado) é dar apoio a Cláudio Castro (do PL de Bolsonaro) e subliminarmente dar à ação o sentido de combate ao narco-terrorismo.
No bolsonarismo-raiz, traficantes de armas (liberadas no país por Bolsonaro) e de drogas (por grana) integrariam células que buscariam com a violência (e o crime) objetivos políticos!!!!
E que Castro, um come-e-dorme até aqui (o patinho feio da turma), estivesse combatendo. O tráfico,como se sabe, roeu as estrutura de Estado no Rio de Janeiro há muito tempo. Não sem o apoio de governadores, deputados e senadores.
Não faltou (porque não precisava) os cinco “chefões estaduais” estabelecerem que fosse uma luta da direita com a esquerda. É essa a referência dos tais para ter de volta o protagonismo com o golpista presidiário.
No que interessa, o liberal Cláudio Castro investiu na segurança pública, em termos relativos, em 2024 (Anuário da Segurança Pública/25) valor menor, proporcionalmente, que o Estado do Tocantins: RJ teve um gasto per capita de R$ 920,20 contra os R$ 928,44 de gastos per capita do governo do Tocantins no ano passado.
Se compararmos os gastos com inteligência na polícia (que é o caso), Castro aplicou em 2024 a soma de R$ 15 milhões!!!! São Paulo aplicou R$ 1,2 bilhões. Bahia (R$ 50 milhões), Ceará (R$ 32 milhões), Pará (R$ 54 milhões), Santa Catarina R$ 91 milhões). Tocantins apenas R$ 39 mil.
E RJ teve uma das maiores taxas de mortes violentas intencionais do país: 22,1 por 100 mil moradores. Destas, 18,5% por intervenção policial.
O maior índice de mortes em intervenções policiais é no Estado do machão Ronaldo Caiado.
Da taxa de 18,8 de mortes violentas intencionais por 100 mil, o índice de 27% foi de intervenções da polícia.
No Tocantins, a taxa de mortes violentas intencionais é de 19,8/100 mil. Sendo que 16% dos óbitos em intervenções policiais.
E todos sabemos que a finalidade da polícia é prender e entregar o preso ao sistema judiciário.














