Foram atribuídas ao prefeito Eduardo Siqueira (Podemos) esta semana declarações de apoio à pré-candidatura da senadora Dorinha Seabra (União Brasil) ao governo.

Elas se projetaram após a prospecção memorial (deste blog) da negação de Dorinha à candidatura de Eduardo a prefeito.

Ou seja, declarações "cavadas" no jargão jornalístico. E que obteve o aval do Chefe do Executivo.

Em 2023, Eduardo teve que desfiliar-se e encontrar outro partido e candidatar-se a prefeito de Palmas.

A carta de desfiliação não permite qualquer dúvida. Dorinha apoiou, no ano passado, Janad Valcari (PL), candidata de Carlos Gaguim e Eduardo Gomes. A apostar em um candidato do UB.

Janad gastou R$ 10,6 milhões e Eduardo apenas R$ 3,9 milhões e foi eleito com 53,03% no segundo turno.

Eduardo recepcionou de Laurez Moreira situação inversa: vice-governador e presidente de um partido (PDT), o governador em exercício deixou o grupo de Janad para ingressar no de Eduardo.

Ainda assim, admitindo como válida a proposição de eventual apoio de Eduardo a Dorinha, ele se daria também em oposição à chapa da Senadora, na escolha, por Eduardo, de Vicentinho Jr a Carlos Gaguim.

De igual forma, Eduardo tem sugerido projetos maiores para Wagner Rodrigues (prefeito de Araguaína) numa dinâmica superior à que lhe dedica a presidente do UB, Dorinha Seabra.

Wagner (que administra pela segunda vez o segundo maior colégio eleitoral do Estado) é do UB mas não é cria de Dorinha, e sim de Ronaldo Dimas, que é secretário de Planejamento de Laurez, com o apoio de Eduardo.

Dorinha, eleita, pode ficar no cargo até 2034. Laurez, reeleito, só até 2030. Eduardo, se reeleito, vai a 2032 na prefeitura.

 Mas quer governar o Estado. Para compor com Dorinha num quadro destes, teria que ficar dois anos (2032/2034) sem mandato, confiando não só na palavra da Senadora, mas em Eduardo Gomes, Carlos Gaguim, Ronaldo Dimas e Wagner Rodrigues.

É a precificação de eventual o apoio de Eduardo a Dorinha. Uma venda casada fiada com garantia dos derivativos apenas na cadernetinha memorial.

A mesma em que se aloja, hoje, a carta de desfiliação do então pré-candidato a prefeito à presidente do seu partido, o União Brasil.

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Ponto Cartesiano

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