Os senadores Dorinha Seabra (UB) e Irajá Abreu (PSD) votaram pelo fim do licenciamento ambiental no país. O senador Eduardo Gomes (PL) estava fora do país.
Para além das convicções dos parlamentares, o projeto é uma das maiores excrescências já aprovadas pelo Senado brasileiro. Vai agora à Câmara dos Deputados onde deve também passar.
Ele entrega ao empresário (indústria ou agronegócio) a competência para desmatar e fazer o que quiser com o meio ambiente nos seus negócios. Ele é que dirá se está ou não dentro da lei.
Sem o estrupício, o cerrado do Tocantins foi escalpelado. Não precisa ir longe para ver de perto o desastre para a soja.
O auto-licenciamento é, com pouca margem de erro, a maior picaretagem. É resultado da chantagem dos parlamentares para aprovar outra investida ao meio ambiente defendida pelo presidente do Senado: a exploração de petróleo na costa da Amazônia (Amapá).
Ou seja, o governo pode explorar petróleo na Amazônia, mas nós queremos liberdade total para derrubar nos Estados.
Por aqui, se já acabaram com o cerrado,podem, agora, fazer o que quiserem com a Serra do Carmo (ouro explorado de vento em popa sem controle da população), Chapada, Paranã, Almas.
E podem deitar a mão no Rio Sono, Jalapão e Araguaia. Afinal, "la garantia soy jo!!"