A publicação na noite de ontem da exoneração do vereador Carlos Amastha (PSB) da Zeladoria carrega os mesmos componentes políticos presentes na sua nomeação.E que terminaram por impulsionar o desligamento.
Amastha colocou o cargo à disposição de Eduardo (como sempre esteve sob competência do prefeito) em carta datada de 22 de julho (terça-feira) e o prefeito o exonerou dois dias depois (quinta).
Não considerando no Diário Oficial um pedido de demissão (e simples exoneração), o prefeito realçou a natureza ao ato, oficializando-o, sem qualquer margem de dúvida, como resultado de sua vontade política e não do até então demissionário.
As razões podem ser contestadas. E Amastha o fez, sob sua perspectiva, de modo insofismável na carta (que o leitor pode ler no blog) em que também não fecha as portas para a continuidade da aliança. Amastha fora nomeado no cargo pelo prefeito interino Carlos Velozo.
A premissa de não desdobramentos políticos, apesar da intenção colocada, carrega paradoxos, obviamente, porque não teria sido o ex-prefeito a fechá-la, não cabendo, portanto, a ele a titularidade da fechadura e a possibilidade de abri-la ou não.
E Eduardo, ainda que setores o negligenciem, com um reducionismo imprudente, foi para o segundo turno por força do ativismo do siqueirismo que enxergou nele oportunidade de ressuscitar a “chama” de Siqueira Campos.
Uma correia de transmissão que fez Eduardo superar a rejeição que registrava não só na classe política, mas também em parcela da sociedade.
Dai sua manifestação até expressa de que não deveria a grupos a sua eleição, estando livre para nomear e exonerar cargos na administração submetendo-os apenas às prerrogativas de sua competência discricionária.
Do ponto de vista pragmático, com efeito, foi melhor para ambos o desligamento. E sem rancores, como pontua o agora apenas vereador Amastha na carta.
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