Enquanto a população depender de doações dos políticos com mandato, o Estado é condenado a sobreviver com coisas deste tipo.
Só nos últimos dois dias foram publicados no Diário Oficial do Estado contratos para shows de “famosos” – sem licitação – que somam R$ 2 milhões e 100 mil.
Apenas nos últimos dois dias. Mas as contratações são quase que diárias. No geral, são de emendas parlamentares.
E isto nos leva a uma comparação: de janeiro a agosto de 2024 (8 meses/240 dias), os deputados mandaram de emendas parlamentares para a saúde R$ 4,5 milhões.
Disto se tem a proporção do interesse parlamentar por um e outro. Se aplicassem na saúde a régua das emendas, o sistema teria R$ 240 milhões. São limitados a 25%.
Isto apenas para efeito de cálculo relativo estatístico, dado que as emendas parlamentares este ano tem um teto de R$ 170 milhões (R$ 7,1 milhões/ano por cada parlamentar).
Dos R$ 170 milhões seriam R$ 42 milhões anuais para a saúde (25%). Ou: R$ 3,5 milhões por mês. De janeiro a agosto, R$ 28 milhões. Mandaram R$ 4,5 milhões.
Agora outro ponto: o governo teve (de janeiro a agosto deste ano) um custo de R$ 7 milhões com sentenças judiciais a que foi obrigado a pagar por atendimentos que recusara por seus motivos.
O valor é o dobro das despesas com cumprimento de sentenças judiciais na Saúde no mesmo período de 2023: R$ 3,4 milhões.