A desembargadora Jacqueline Adorno pediu, na terça, a inclusão na pauta de julgamento do Tribunal de Justiça do recurso do promotor Luiz Francisco de Oliveira, da 6ª Promotoria de Porto Nacional, contra decisão do juiz da 2ª Vara Criminal da comarca de negar medida protetiva a mulher que se diz ameaçada pelo ex-companheiro. Ela tem dois filhos com o suposto agressor. A medida havia sido concedida pela Delegacia de Polícia.
Chama a atenção no processo a demora de decisão sobre a medida protetiva a mulher ameaçada, considerando o aumento do número de feminicídios não só no Estado mas no país. Uma medida cautelar. A procuradora de Justiça Ana Paula Reigota concedeu parecer favorável à medida no dia 18 de outubro. Há 22 dias.
O primeiro pedido da Promotoria deu-se no dia 15 de outubro. Ou seja, há 24 dias que a mãe de dois filhos esgueira-se pelas ruas da cidade sem proteção e a mercê da possibilidade de ser a próxima vítima. E mais um número na estatística.
Ou não. É quando acaso e destino parecem ter uma contribuiçãozinha extra para que se materializem em tragédia anunciadas e perfeitamente previsíveis quanto preveníveis.














