Antes da oficialização de uma fusão, PSDB e Podemos já discutem federar com outro partido.
No Estado, se já colocavam Eduardo Siqueira e Cínthia Ribeiro num mesmo palanque (fusão) em 2026, pode nacionalmente atrair o PDT (Laurez Moreira) ou o PSD (Irajá Abreu).
Regionalmente, uma confusão. Eduardo defende Dorinha Seabra (UB), Cínthia está mais próxima de Wanderlei (Republicanos/PL) e Irajá (PSD) de Laurez.
Cinthia e Eduardo andam em rota de colisão desde a posse do prefeito. Não há como separar divergências administrativas do componente político. Apesar da contabilidade eleitoral, a disputa envolve demonstrar aquele que teria mais ativos na cidade.
Se a ex-prefeita direcionar seu pêndulo para qualquer dos lados vai influenciar no plano cartesiano eleitoral. Fusões permitem mudança de partido.
Cínthia não tem mandato, mas o PSDB (que preside)tem vereadores e deputados estaduais. E ela tem inegável respeito da direção nacional tucana.
Se começar a andar pelo Estado seguindo os rastros do ex-senador João Ribeiro que acompanhou nas eleições, seja como esposa ou como militante da causa do João da Farmácia, não é ativo irrelevante o apoio que pode ainda arrebanhar. Pode ser um equívoco seus adversários tentarem separar, no plano político, João Ribeiro de Cínthia Ribeiro.
As motivações das fusões e federações são de forma imediata e mediata. Na imediata fugir da cláusula de barreira e em seguida, mediatamente, mais recursos do fundo eleitoral e de propaganda.
Com efeito, PSDB e Podemos correm riscos. Os tucanos elegeram apenas 13 deputados federais na última eleição e o Podemos 12 parlamentares.
Há outros piores como o PV (6 deputados), PCdoB (6), Solidariedade (4). PSB (Amastha) tem 14 e PDT (Laurez) 17. Na risca. Nos mais tranquilos, PL tem 99, PT (68), UB (59), PP (47), MDB (47), PSD(42) e Republicanos (41);
PSDB e Podemos já vem perdendo parlamentares desde 2014. O PSDB passou de 49 (2014) para 29 (2018) e os atuais 13 (eleição 2022). O Podemos saiu de 17 (2014),11 (2018) e agora 12 (2022).
Os partidos para terem acesso aos R$ 4,9 bilhões (2024) do fundo eleitoral terão que registrar em 2026 um índice de 2,5% dos votos na Câmara em nove Estados. Com pelo menos 1,5% dos votos de cada Estado. Ou seja, 13 deputados federais. Em 2030, isto aumenta para 15 deputados federais.