Decidida a “batalha” do HC no STF, a classe política contabiliza ganhos e perdas, vitoriosos e derrotados.

De um lado, se medirá nacos de poder (em um novo poder) e, do outro, passivos a contabilizar.

No DF era nítida a movimentação da ex-senadora Kátia Abreu (aliada de Lula), pró-Laurez.

E do senador Eduardo Gomes (vice-presidente do Senado, aliado de Bolsonaro), pró-Wanderlei.

No Estado, entretanto, o conservadorismo machista preferiu manter-se novamente acusatório a Kátia.

E omitiu solenemente o dedo de Eduardo Gomes no HC no STF.

Gomes que fora derrotado por Wanderlei nas urnas com um candidato do PL na cacunda e Bolsonaro ao vivo no palanque.

Os “Abreus” – apontava-se  – representavam o mal contra o Estado.

Os “Gomes e Seabras” aguardavam serenamente impávidos a Justiça. A figura do bem.

Como é óbvio, o equívoco não está em fazer gestões pelo que se acredita.

E sim em não respeitar igual direito de adversário, tachando-o como imoral e ilegítimo.Típico do bolsonarismo brucutu.

No STJ, por exemplo, os governos do PT indicaram 28 dos 33 ministros (lista tríplice/escolha presidente). Mauro Campbel - que afastou Wanderlei - foi uma escolha de Lula.

No STF, seis dos onze ministros foram indicados pelos governos do PT. Lula indicou quatro deles. Dilma, outros dois.

Dois foram indicados por Jair Bolsonaro e Temer/FHC indicaram um ministro cada. E isto não se deu por acaso.

É que a direita (depois de Collor) só ganhou no voto a presidência da República uma vez: 2018, com o extremista de direita Jair Bolsonaro.

Dos votos pró-Wanderlei de ontem, dois ministros (André/Nunes) foram indicação de Jair Bolsonaro (do PL de Eduardo Gomes).

E o outro, Luiz Fux, indicado por Dilma Roussef, inocentou Jair Bolsonaro (do PL de Eduardo Gomes) da tentativa de golpe.

Crime pelo qual a maioria da Primeira Turma (quatro ministros) decidiu condená-lo a 27 anos de prisão em regime fechado.

Fux, num voto "doidão", quando Donald Trump (a mando dos Bolsonaro) impunha o tarifaço ao Brasil (e  lei Magnitsky a ministros do STF) em troca da soltura de Bolsonaro, decidiu contra todas as provas.

Para Fux, não houve tentativa de golpe, desconectado dos autos e da PGR.

Não só por isto, mas muito em função disso, Fux pediu para mudar de turma, da Primeira para a Segunda.

E aí fez maioria por Wanderlei, do Republicanos, aliado de Eduardo Gomes, do PL.

Deixe seu comentário:

Últimas notícias

Destaque

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22). Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva em...

Não há, por enquanto, uma movimentação sequer do governo, deputados, MPE e Judiciário. Mas deveriam estar atentos a esta questão do BRB...

O Executivo tem problemas para convencer os servidores que buscam o teto único. Uma reunião estava prevista para esta tarde. O horário era às...