A unanimidade dos deputados federais do Tocantins (oito) votou ontem por reduzir em cerca de 50% a pena de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado imposta pelo STF ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Se o projeto passar pelo Senado, ele poderá deixar a cadeia em 2 anos. Daqui a pouco, pelo princípio bolsonarista, estará nas ruas pedindo voto para retornar ao cargo.

Apesar do tarifaço, das ações golpistas, das covas coletivas da Covid-19 e das 716 mil mortes, em larga medida pelo descaso presidencial pelas vacinas e prevenção.

 Um país que tem a 7ª população no planeta mas que foi o 5° pais com mais óbitos na pandemia. Prova inconteste do negacionismo.

O fato se deu no dia em que o presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos) cortou sinal da TV Câmara, expulsou à força um deputado do PSOL e sua polícia legislativa agrediu jornalistas.

A direita, em ordem unida,  livrou Jair Bolsonaro por 291 votos a 148. Uma data para se lembrar do AI-5 (a ditadura editou 17 Atos Institucionais) editado pelo general de Exército Arthur da Costa e Silva em  13 de dezembro de 1.968.

O Hugo Mota de ontem é o mesmo que em 5 de agosto permitiu uma facção bolsonarista liderada pelo histriônico Sostenes Cavalcante (PL) a ocupar a Câmara dos Deputados contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.

Lá, a polícia legislativa não foi acionada contra jornalistas nem retirou o pastor evangélico do PL e seu séquito. As imagens correram o país porque não se lembraram, propositadamente, de cortar o sinal da TV Câmara. Dessa vez, aprenderam a lição de inconstitucionalidade.

É impressionante que 56% dos deputados federais brasileiros se rendam a uma família liderada por um estúpido, homofóbico, racista, terraplanista, negacionista e golpista (cujo plano previa assassinato do presidente e vice eleito e de um ministro do STF). Com uma robustez de provas indiscutível por ele próprio produzidas.

E que isto se dê contra os 54% (Datafolha), 49,6% (CNT) e 53% (Atlas) da população brasileira que apoiaram a condenação do “mito” à pena imposta pelo STF.

Ou os 52% da (Datafolha) que tem certeza que Bolsonaro tentou o golpe e os  59% dos brasileiros  (Ipespe) que acreditam que o Brasil esteve próximo de um golpe.

Sequer raciocinam que ditadores não convivem com parlamento. Mas fixam no curto prazo da necessidade do voto.

Uma família de estúpidos e reacionários chantageando o país. E trabalhando contra aqueles que pagam seus holerites e a vida boa.

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